Pegou R$ 200 mil ou não, eis a questão de Eduardo Jorge

Testemunha "D" diz a promotores que ex-secretário do Verde de São Paulo recebeu R$ 200 mil por vista grossa para corte de árvores na construção do Shopping Higienópolis; propina vira "diligenciamento"; ex-PT e hoje no PSD, ele vai processar a misteriosa mulher; acaba chance de ser vice de Serra

Pegou R$ 200 mil ou não, eis a questão de Eduardo Jorge
Pegou R$ 200 mil ou não, eis a questão de Eduardo Jorge (Foto: Edição/247)


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247 – Político que migrou da esquerda para a direita, saindo do PT para o PSD, ex-secretário municipal de Saúde nas administrações de Luiza Erundina e Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, e de Verde e Meio Ambiente nos governos de José Serra e Gilberto Kassab, o discreto Eduardo Jorge está berlinda. Ele foi denunciado pela mulher que os promotores que apuram o escândalo das aprovações irregulares de shopping centeres da capital chamam como Testemunha D. Trata-se de uma ex-alta executiva da construtora BGE, do grupo Brookfield, que resolveu contar em detalhes como funcionou o esquema de conseguiu a aprovação para o funcionamento, a partir de 2009, do Shopping Pátio Higienópolis, no coração da elegante região. O aval foi cercado de polêmica, com uma série de manifestações de moradores do bairro contrários ao impacto ambiental e urbanístico que a obra causaria.

A Testemunha D afirma que Jorge recebeu R$ 200 mil para fazer vista grossa sobre o corte de dezenas de árvores na fase de construção do shopping. Isso, para um então secretário do Verde, seria um crime capital. O pagamento da propina teria até sido registrado nos livros da construtora, como pagamento a outra, chamada Seron Engenharia, que emitiu nota, em julho de 2009, no valor de R$ 246 mil, descrevendo serviços de "diligenciamento para aprovação do relatório arbóreo junto a câmara de compensação e obtenção do laudo ambiental" do shopping. Dias depois, foi publicado no "Diário Oficial" o termo de compensação ambiental, com aval de Jorge.

O ex-secretário avisa que vai processar a Testemunha D, negando ter recebido propina. Cotado nas últimas semanas para ser candidato a vice-prefeito na chapa de José Serra, do PSDB, Jorge perde, com esse caso, suas chances de dar um salto político ousado até mesmo para um ótimo malabarista político como ele.

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Em suas acusações, "D" incluiu o ex-conselheiro do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (Conpresp) Vasco de Mello como também beneficiário de outros R$ 200 mil em propina, para aprovar no conselho o projeto de reforma do shopping, vizinho de um casarão do século 19. Mello nega.

A ex-executiva acrescenta que Hussain Aref "106 apartamentos" Saab, ex-diretor do setor que aprova empreendimentos na cidade, e o vereador Aurélio Miguel (PR), também receberam dinheiro para deixar o shopping ser feito.

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