Pasadena: Cardozo nega "pressão" sobre TCU
Em entrevista coletiva no Rio, ministro da Justiça disse que foi ao TCU junto com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para pedir um prazo maior para que a União pudesse se pronunciar sobre o relatório; segundo José Eduardo Cardozo, Adams "achava necessário que houvesse mais tempo para que a União pudesse se pronunciar"; declaração foi em resposta à reportagem da Folha, que apontou que o TCU foi pressionado pelo governo
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Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou hoje (29) que o governo tenha pressionado o Tribunal de Contas da União (TCU) para adiar votação sobre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras.
Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Cardozo disse que foi ao TCU junto com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para pedir um prazo maior para que a União pudesse se pronunciar sobre o relatório.
"Já tínhamos conhecimento do relatório, que inclusive inocentava a presidenta da República, mas o ministro Adams achava necessário, e eu pessoalmente avaliei como correto, que houvesse mais tempo para que a União pudesse se pronunciar na manifestação naquela sessão. Acompanhei o ministro Adams, para que pudéssemos dialogar relativamente à possibilidade de ter mais prazo para que a União pudesse coletar dados e fazer estudos do relatório. Esta foi exclusivamente a nossa razão de ida. Não foi para estabelecer nenhum tipo de pressão", disse.
Reportagem publicada hoje (29) no Jornal O Globo diz que Adams tentou tirar de pauta o processo do TCU, que acabou condenando 11 diretores da Petrobras a ressarcir os cofres públicos em US$ 1 bilhão devido à suspeita de irregularidades na compra da refinaria norte-americana.
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