Para Janot, sociedade vai separar decência e vilania

Procurador geral da república diz em encontro com procuradores gerais de Justiça acreditar que os "homens de bem não se quedarão inertes" e que "os cidadãos que pagam impostos e que cumprem com seus deveres cívicos saberão, nessa hora sombria e turva da nossa história, distinguir entre o bem e mal, entre aqueles que lutam por um futuro para o País e aqueles que sabotam nosso sentimento de nação"; em depoimento na CPI da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a acusar Janot de adotar critério político para pedir ao STF a abertura de investigação contra ele; deputado Paulinho da Força (SD-­SP) apresentou requerimento pedindo a quebra do sigilo dos e-­mails e telefônico de Janot

ED1501280108   BSB  28/01/15        NACIONAL         JANOT/CONSELHO    O procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, durante sessao no Conselho Nacional do Ministerio Publico.FOTO ED FERREIRA/ESTADAO
ED1501280108 BSB 28/01/15 NACIONAL JANOT/CONSELHO O procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, durante sessao no Conselho Nacional do Ministerio Publico.FOTO ED FERREIRA/ESTADAO (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O procurador ­geral da República, Rodrigo Janot, reagiu na sexta-­feira (13) aos ataques diretos que vem sofrendo por parte de parlamentares listados na investigação da Operação Lava Jato. O chefe do Ministério Público disse que a população saberá distinguir "bem e mal", "decência e vilania", em evento com procuradores­ gerais. Ele pediu que a classe se mantenha unida e disse que "causa espécie que vozes do Parlamento, aproveitando­se de uma CPI instaurada para investigar o maior esquema de corrupção já revelado no País, tenham­se atirado contra a instituição que começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade".

Janor fazia referência clara ao depoimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), na CPI da Petrobras. O deputado voltou a acusar Janot de adotar critério político para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação contra ele. Na sessão, parlamentares de praticamente todos os partidos elogiaram o desabafo de Cunha.

Janot disse acreditar que os "homens de bem" que integram a instituição "não se quedarão inertes" e que "os cidadãos que pagam impostos e que cumprem com seus deveres cívicos saberão, nessa hora sombria e turva da nossa história, distinguir entre o bem e mal, entre a decência e a vilania, entre aqueles que lutam por um futuro para o País e aqueles que sabotam nosso sentimento de nação".

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Janor disse que tem 31 anos de Ministério Público e que sempre serviu à causa da sociedade com “honra e denodo”. E que não vai permitir que, neste momento da vida funcional, “interesses vis ou preocupações que estejam além do Direito influenciem o meu agir"

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB­-AL), também investigado na Lava Jato, desistiu de encampar uma CPI para investigar o Ministério Público, mas pretende articular para rejeitar a recondução de Janot, cujo mandato vence em setembro, ao cargo de procurador­ geral da República.

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Ontem, o deputado Paulinho da Força (SD-­SP) apresentou requerimento à CPI da Petrobras pedindo a quebra do sigilo dos e-­mails e dados telefônicos de Janot. 

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