Pai, no Canadá, tenta levar filha brasileira de volta

Paulistano Cesar Caetano comove mídia global; imagem dele com camiseta com foto de sua filha de 9 anos, que vive em Goiânia, com a mãe, corre mundo; ação lembra caso do menino Sean Goldman; por Claudio Júlio Tognolli

Pai, no Canadá, tenta levar filha brasileira de volta
Pai, no Canadá, tenta levar filha brasileira de volta (Foto: Divulgação)


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Claudio Julio Tognolli _247 - O campeonato mundial de volley, ora em curso no Canadá, traz, nas tevês de todo o planeta, um personagem onipresente: o paulistano Cesar Caetano. Focado com sua camiseta "Bring Alice Home", esse operador de máquinas pesadas de 44 anos,  morador de Toronto desde 1989, conseguiu apiedar as redes internacionais: porque se diz injustamente acusado de violência contra a própria filha. Alice tem 9 anos de idade. Mora em Goiânia com a mãe, Luciana Drummond Pires, 33 anos. E nessa sábado, no jogo de vôlei da seleção brasileira, Cesar Caetano vai ser multi-filmado, mais uma vez. Afinal, lá fora, sua saga é vista como um tipo de variedade do caso Sean – o daquele menino levado do Rio para os EUA, pela força de lei. Só que Cesar diz que sua filha foi sequestrada: e, estabelece,  teria sido montado um falso processo de agressão para bifar-lhe a filhota.

"Tenho uma filha de 25 anos, do primeiro casamento, a Caroline, e um neto chamado Pietro. Sou um trabalhador que ama a família. Minha filha foi sequestrada pela minha ex- mulher. E um abrigo canadense, um shelter, a quem ela recorreu, montou contra mim um processo de agressão, a minha revelia. Canadá e Brasil, e suas justiças de primeiro grau, ignoraram que meu caso está na Corte Internacional de Haia. Aqui no Canadá se você ameaça alguém já está preso. Então porque estou legalmente aqui, com um bom emprego, se sou culpado de agressão contra minha filhinha", desabafa Cesar Caetano, falando de Toronto.

Em 1989, egresso de São Paulo, Cesar foi para Toronto tentar a sorte. Casou-se, teve a primeira filha, e se separou, em 1990. Em abril de 2002 se apaixonou pela goiana Luciana Drummond Pires. Passaram a moirar juntos em agosto daquele ano. Ele operando máquinas pesadas: ela desempregada e ilegalmente no país.

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A situação mudou singularmente de figura em outubro de 2003. Luciana foi a um refúgio de mulheres, em Toronto, buscar apoio. Fez-se dona de uma história de violências plurais, botou a filhinha na trama: em que Cesar constava como protagonista de uma antologia de agressões familiares. "Ela saiu de casa dizendo que o casamento tinha acabado. E montou secretamente uma história contra mim, feita com ajuda das assessoras do abrigo de mulheres".

Cesar apelou a Corte Internacional de Haia em fevereiro de 2004. Passado um ano, em 31 de dezembro de 2005 Luciana resolveu botar uma pedra em cima da crônica. Voltou para o Canadá com a filhinha. Pediu ao marido dinheiro para um implante nos seios. Tudo parecia estar róseo. Passaram a frequentar igreja evangélica, aos fins de semana, com as rezas alteradas a visitas semanais às cataratas do Niágara. Luciana fez curso de administração de empresas, por oito meses. Arrumou um emprego na telefonia, na gigante Bell Canada. Mas Cesar sustentava a casa a base de cartões de crédito. "Ela demandava certo estilo de vida incompatível com o meu salário, mas eu ia bancando tudo em nome da felicidade familiar", desabafa Cesar.

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Em outubro de 2007 tudo encontra um revés, agora definitivamente armagedônico. Luciana volta atrás, intempestivamente: vai para outro abrigo de mulheres, por 45 dias. Sai do Canadá levando a filha.

"Não tive direito a ver esse processo secreto que o abrigo canadense mandou para a senhora Patricia Camego Soares, da Secretaria de Política de Mulheres, do governo brasileiro. Sofri alienação parental. Minha filhinha me adora. Estamos agora recorrendo ao STJ para que seja reconhecida minha versão relatada há anos na corte de Haia", diz Cesar.

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Ele conseguiu ver a filhota ano passado, no Brasil, por apenas 30 minutos –com a ajuda de um detetive particular. "Ela me cobriu de beijos", emociona-se Cesar. Ele remeteu a foto desse breve encontro ao Brasil 247. "É a prova de que ela me ama, e que jamais a agredi".

Clique aqui e veja o blog e o Facebook da campanha "Bring Alice Home"

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Leia aqui o trâmite do caso na Justiça de Ipatinga.

Leia aqui a luta de Cesar no STJ.

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Assista aqui e aqui reportagens sobre o caso na TV Canadense.

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