Pacheco se une ao governo em crítica a juros e discute "solução sustentável"
Presidente do Senado criticou os juros elevados mantidos pelo BC após reunião com o presidente Lula
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247 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), engrossou o coro de críticas do governo ao atual patamar da taxa de juros e defendeu, em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (28), a busca de alternativas para uma redução sustentável da taxa o quanto antes.
"Houve o reconhecimento mútuo de que a taxa de juros no Brasil está muito alta e afirmei ao presidente a importância de encontrarmos caminhos sustentáveis para a redução da taxa o mais rápido possível", afirmou o presidente do Senado em nota à imprensa sobre o encontro desta terça.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano. Além disso, publicou um comunicado considerado duro -- ou hawkish, no jargão do mercado -- deixando pouco espaço, na opinião de analistas, para cortes de juros no curto prazo.
Na manhã desta terça-feira, o BC publicou a ata do encontro, que reforçou as ideias contidas no comunicado. O documento, no entanto, veio em tom mais ameno, sinalizando a possibilidade de desinflação caso as políticas fiscais do governo sejam "sólidas e críveis".
"Também ressaltei ao presidente Lula que daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal", acrescentou Pacheco.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá discutir na quarta-feira, em uma reunião "conclusiva", o novo arcabouço fiscal com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Sobre o impasse em torno das MPs -- Pacheco e Lira protagonizam uma queda de braço sobre regras de tramitação de medidas provisórias --, o presidente do Senado afirmou que na conversa de mais de duas horas com Lula disse a ele "que estamos trabalhando no encaminhamento da busca de um consenso".
Pacheco defende a paridade entre senadores e deputados nas comissões mistas como uma forma de “controle qualitativo” das MPs, enquanto Lira quer uma proporcionalidade de um senador para cada três deputados nos colegiados – hoje são 12 parlamentares de cada Casa.
“Há regras, que são regimentais. Há uma natureza e uma essência do que é a razão da paridade. Eu disse que é um controle qualitativo de peso igual das duas Casas, que prestigia o bicameralismo”, rebateu Pacheco, em entrevista coletiva. (Com Reuters).
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