Operação da Polícia Federal prende gestor da Eletronorte

PF prendeu um alto gestor da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) e um parente dele por suspeita de usar uma empresa de fachada para obter vantagens de outras empresas que mantêm contratos com a concessionária de serviço público de energia elétrica

Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Operação Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Entre os presos e
Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Operação Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Entre os presos e (Foto: Paulo Emílio)


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Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (15), temporariamente, em Brasília, um alto gestor da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) e um parente dele. Eles são suspeitos de usar uma empresa de fachada para obter vantagens de outras empresas que mantêm contratos com a concessionária de serviço público de energia elétrica. Durante a Operação Choque, foram cumpridos ainda oito mandados de busca e apreensão em Marília, no interior paulista, em Porto Velho, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.

De acordo com as investigações da PF, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), um gestor da Eletronorte enriqueceu ilicitamente usando uma empresa laranja, aberta em nome de parentes. Assim, ele recebia pagamento de outras empresas que mantinham contratos com a concessionária. O nome dos envolvidos não foi divulgado porque a investigação está sob segredo de Justiça.

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A PF e o MPF no Distrito Federal identificaram que a empresa usada pela organização oferecia serviços de consultoria e de tecnologia em informática. A companhia tinha Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo, mas não tinha sede, nem quadro de funcionários. "Mesmo assim, mantinha conta bancária com grande movimentação financeira", diz nota divulgada pelo MPF.

Ao verificar a origem dos recursos, os investigadores descobriram que os depósitos eram feitos por empresas que tinham, direta ou indiretamente, contratos com a Eletronorte. De acordo com as investigações, outro indício da atuação da organização criminosa era a "vida de luxo" do principal suspeito e da família dele, apesar de a mulher dele não ter qualquer vínculo empregatício.

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"O patrimônio do empregado da estatal teve um acréscimo exorbitante nos últimos anos. Os sinais de riqueza também foram verificados entre os parentes do suspeito que aparecem como sócios proprietários da empresa de consultoria", informou o MPF.

Os presos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro.

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Criada em de 1973, com sede no Distrito Federal, a Eletronorte gera e fornece energia elétrica aos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por meio do Sistema Interligado Nacional, também fornece energia a compradores das demais regiões do país.

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