ONS diz que desligamento de usinas foi indevido

Diretor-geral do Operador Nacional de Energia Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta terça (20) que sistemas de proteção de usinas levaram ao desligamento automático indevido das geradoras e o motivo está sendo investigado; "Esse desvio de frequência seria perfeitamente administrado não fosse a perda de 2.200 MW de geração. Estamos fazendo os ajustes para que isso não se repita", afirmou; ele acrescentou que o desligamento da usina Angra 1, que não deveria ter ocorrido por atuação de seu sistema de proteção, será investigado de forma mais aprofundada

Diretor-geral do Operador Nacional de Energia Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta terça (20) que sistemas de proteção de usinas levaram ao desligamento automático indevido das geradoras e o motivo está sendo investigado; "Esse desvio de frequência seria perfeitamente administrado não fosse a perda de 2.200 MW de geração. Estamos fazendo os ajustes para que isso não se repita", afirmou; ele acrescentou que o desligamento da usina Angra 1, que não deveria ter ocorrido por atuação de seu sistema de proteção, será investigado de forma mais aprofundada
Diretor-geral do Operador Nacional de Energia Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta terça (20) que sistemas de proteção de usinas levaram ao desligamento automático indevido das geradoras e o motivo está sendo investigado; "Esse desvio de frequência seria perfeitamente administrado não fosse a perda de 2.200 MW de geração. Estamos fazendo os ajustes para que isso não se repita", afirmou; ele acrescentou que o desligamento da usina Angra 1, que não deveria ter ocorrido por atuação de seu sistema de proteção, será investigado de forma mais aprofundada (Foto: Valter Lima)


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BRASÍLIA (Reuters) - O desligamento automático de cerca de 2.200 megawatts (MW) de usinas de geração, que provocou o corte de carga de energia programado em regiões do país, ocorreu de forma indevida, disse o Operador Nacional de Energia Elétrico (ONS) nesta terça-feira.
 
O ONS ordenou na segunda-feira que distribuidoras no Sudeste, Centro Oeste e Sul reduzissem o fornecimento em diversas áreas, levando ao corte de 5 por cento da carga no país para evitar um apagão de maiores proporções e reequilibrar a frequência do sistema.
 
O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que sistemas de proteção de usinas levaram ao desligamento automático indevido das geradoras e o motivo está sendo investigado.
 
"Esse desvio de frequência seria perfeitamente administrado não fosse a perda de 2.200 MW de geração", disse Chipp a jornalistas, após reunião do ONS. "Estamos fazendo os ajustes para que isso não se repita", disse.
 
O diretor acrescentou que o desligamento da usina Angra 1, que não deveria ter ocorrido por atuação de seu sistema de proteção, será investigado de forma mais aprofundada. A usina já voltou a gerar energia para o sistema.
 
Chipp negou que o incidente tenha ocorrido por incapacidade da geração para atender a demanda durante picos de consumo.
 
"Nós não temos ainda restrição de potência. Estamos operando com o nível de segurança", disse, afirmando que não está sendo usada toda a potência excedente de energia no país, que fica no Norte/Nordeste, para não elevar o risco de operação do sistema de transferência de energia Norte-Sul.
 
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse separadamente a jornalistas em Brasília que houve também uma falha no capacitor do sistema de transmissão Norte-Sul colaborou para acionar a ação de proteção da usina Governador Ney Braga, levando ao seu desligamento automático.
  
REFORÇO PARA O SUDESTE
 
Segundo Braga, a região Sudeste/Centro Oeste terá um reforço de 1.500 MW de energia, incluindo 300 MW adicionais de Itaipu, 400 MW das regiões Nordeste e Norte e a volta da operação de termelétricas da Petrobras que estavam em manutenção.
 
"As ações que acabei de anunciar já estão sendo efetuadas pelo ONS. Estamos preparados para atender às demandas de pico", disse o ministro, que descartou um racionamento de energia.
 
"Deus é brasileiro e também temos que contar que ele vai trazer um pouco de umidade e chuva para termos mais tranquilidade", acrescentou.
 
Braga disse que o governo federal terá um diagnóstico completo sobre o blecaute que ocorreu em 90 dias.
 
Especialistas do setor apontam que o sistema está operando no limite, com praticamente todas as termelétricas acionadas para ajudar a preservar os reservatórios das hidrelétricas. As represas estão em níveis baixos recordes e seguem em queda num período em que deveriam encher.
 
 
(Por Nestor Rabello e Anna Flávia Rochas, Edição de Aluísio Alves)

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