Onda conservadora freia agenda LGBT no País

Na sua 16ª edição, Parada do Orgulho LGBT atrai milhões à Avenida Paulista, mas especialistas apontam retrocessos no combate à discriminação no Brasil; para Marta Suplicy, lei que criminaliza homofobia já deveria ter sido votada; temendo perder votos evangélicos, Fernando Haddad não apareceu. Confira galeria de fotos

Onda conservadora freia agenda LGBT no País
Onda conservadora freia agenda LGBT no País (Foto: Nelson Antoine/Folhapress)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Em sua 16ª edição, a Parada do Orgulho LGBT em São Paulo é, inegavelmente um sucesso de público e também um fenômeno do ponto de vista econômico. Há quatro anos seguidos, ela é o maior evento do gênero no mundo e, segundo a SP Turis, é o acontecimento que atrai o maior número de turistas à cidade de São Paulo.

No entanto, segundo alguns de seus idealizadores, o Brasil tem sofrido retrocessos na luta contra a descriminação sexual. É o que diz, por exemplo, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que, mais do que qualquer outro político brasileiro, se identifica com a causa dos homossexuais. “A sociedade brasileira vive um retrocesso”, diz ela. “Uma força de setores conservadores que não representam a maioria da sociedade acaba impondo essas ações e esses valores", afirma.

Relatora do projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil, ela diz que a lei aguarda há seis anos para ser votada. “Este assunto já deveria ter sido resolvido”, afirma a senadora.

continua após o anúncio

Neste ano, o tema da Parada LGBT é “Homofobia tem Cura”. No Brasil, um homossexual é assassinado a cada três dias, segundo dados do grupo gay da Bahia. Adolescentes homossexuais também são alvo de bullying em 80% das escolas do País.

Apesar desses dados, iniciativas de combate à homofobia, como a distribuição de cartilhas nas escolas públicas, têm sido duramente combatidas por lideranças religiosas, como o pastor Silas Malafaia, e também por políticos, como o deputado fluminense Jair Bolsonaro. A pressão do setor evangélico levou a presidente Dilma, no ano passado, a suspender a distribuição dessas cartilhas pelo ministério da Educação.

continua após o anúncio

Desafeto da senadora Marta Suplicy e candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad não compareceu à abertura da Parada LGBT. Ao ser indagada sobre se Haddad temia perder votos entre evangélicos, Marta desconversou. No evento, ela estava ao lado do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247