Odebrecht: “não fizemos nada de ilegal ou imoral”
Executivo Marcelo Odebrecht defende a liberação de documentos que tratam da ligação do ex-presidente Lula com a empreiteira e rebate reportagens recentes que apontam suposto favorecimento do BNDES à construtora; "Não fizemos nada de ilegal ou imoral", defendeu; "Revelaram que o BNDES nos emprestou US$ 8 bilhões. É pouco, pois recebemos financiamento de US$ 20 bilhões no exterior", acrescentou o empresário, durante evento nesta segunda-feira 15; ele se mostrou irritado com o envolvimento de sua empresa em um embate, para ele, político; "Estou irritado por estarmos na linha de fogo do embate político"
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247 – Presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht defendeu nesta segunda-feira 15 a liberação de documentos oficiais que tratam da relação do ex-presidente Lula com a empreiteira.
Ele rebateu reportagens recentes – como a capa da revista Época, chamando Lula de "operador" – que apontam que Lula atuou para que a companhia fosse favorecida em empréstimos do BNDES.
"Não fizemos nada de ilegal ou imoral", defendeu o executivo, durante um seminário sobre exportações de serviços em São Paulo. "Revelaram que o BNDES nos emprestou US$ 8 bilhões. É pouco, pois recebemos financiamento de US$ 20 bilhões no exterior", justificou o empresário.
Ele considerou positivo o Banco de fomento e o Itamaraty terem aberto os documentos sobre os empréstimos. "Sou favorável a isso (abertura do dados) e do debate, porque no final vai se comprovar que não tem nada de errado", afirmou. O presidente do grupo se mostrou irritado com o fato de sua empresa estar envolvida no que definiu como um embate político. "Estou irritado por estarmos na linha de fogo do embate político", disse.
De acordo com a publicação da Globo, que foi desmentida poucas horas depois pelo Instituto Lula, pelo BNDES e por um documento do Ministério Público divulgado pelo 247 que comprovava que não havia investigação contra Lula por suspeita de tráfico internacional de influência, o ex-presidente era "suspeito de ajudar a construtora Odebrecht a ganhar contratos na América Latina e na África com dinheiro do BNDES".
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