O dia D para a Copa de 2014 no Brasil
Encontro de Dilma Rousseff com Jerome Valcke nesta segunda foi marcado s pressas e agendado em meio ao priplo europeu da presidente; Fifa est insatisfeita com a organizao do Mundial no Brasil e cogita transferir torneio para os EUA
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247 – A reunião não estava prevista. Foi marcada às pressas e irá acontecer nesta segunda-feira, em Bruxelas. De um lado, a presidente Dilma Rousseff. De outro, Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa. Em jogo, o futuro da Copa de 2014. Valcke pretende levar um rosário de reclamações à presidente. A Fifa não está satisfeita com o andamento das obras dos estádios, com a lentidão dos projetos de mobilidade urbana e, em especial, com a Lei Geral da Copa, que dispõe sobre vários pontos, como o controle dos ingressos e a proibição de propagandas não autorizadas pela Fifa nos estádios.
Extraoficialmente, fontes ligadas à Confederação Brasileira de Futebol têm soltado notas sobre uma eventual transferência da Copa de 2014 para outro país e sabe-se que os Estados Unidos, que já organizaram a Copa de 1994, estão de sobreaviso. Até agora, essa possibilidade é tratada, pelo governo, como um risco remotíssimo, embora já tenha ocorrido uma vez, em 1986, quando a Fifa transferiu o Mundial da Colômbia para o México. O que se diz, no Planalto, é que a Fifa apenas coloca pressão para extrair maiores benefícios, assim como fez com a África do Sul, antes do Mundial de 2010.
Seja como for, a organização do Mundial de 2014 tem deixado muito a desejar. Duas das principais obras – a do Maracanã, no Rio, e a de Guarulhos, em São Paulo – já foram paralisadas pela Justiça por suspeita de superfaturamento. A do estádio que fará a abertura do Mundial, o Itaquerão, em São Paulo, teve seu custo elevado pelo próprio presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Segundo ele, em vez dos R$ 780 milhões inicialmente previstos, o estádio sairá por mais de R$ 1 bilhão – e disse ainda que o custo real só é conhecido por ele, pelo ex-presidente Lula e por Emílio Odebrecht, dono da empreiteira que executa as principais obras da Copa.
Feriados em dias de jogos
Outro sinal de que a organização da Copa de 2014 vai mal foi a recente declaração da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que disse que o governo pode decretar feriados em dias de jogos – e não apenas nos jogos do Brasil. Seria uma forma de facilitar o tráfego de pessoas, uma vez que as obras de mobilidade urbana praticamente não saíram do papel.
O Brasil foi escolhido para sediar o Mundial de 2014 em outubro de 2007. Já se passaram quatro anos e faltam menos de mil dias para a bola rolar. Mas esta segunda-feira pode ser o dia decisivo para saber se o pontapé inicial irá ocorrer no Brasil ou em outro país.
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