O brasileiro que operou Kadafi
Cirurgio plstico contou AP como deixou o rosto de Kadafi dez anos mais novo
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247 – A Agência Associated Press levantou um personagem e tanto. Liacyr Ribeiro, cirurgião-plástico brasileiro, operou ninguém menos que um dos homens mais famosos do mundo, pelos motivos errados, nos dias de hoje: Muamar Kadafi. Corria o ano de 1995 quando o dr. Liacyr foi chamado a Tripoli com a missão de rejuvenescer o ditador da Líbia. “Ele me disse que, àquele altura, já estava no poder a 25 anos”, contou o médico à AP. “E que não queria que os jovens do seu país o vissem como um homem velho”.
Além de tosquear a barba que Kadafi cultivara ao longo do tempo, o cirúrgião brasileiro passou a injetar gordura para aliviar as rugas que marcavam o rosto do ditador, uma gordura retirada de sua própria barriga. “Eu recomendei uma facelift, mas ele recusou”, contou o médico. A reportagem conta que, no meio da operação com quatro horas de duração, Kadafi chegou a comer um hamburguer. Ele também optou pela anestia local, porque, conforme justificou, queria ficar atento ao que acontecia à sua volta.
No momento da cirurgia, Kadafi tinha 53 anos. O médico explicou a ele que os efeitos do transplante de gordura da barriga para o rosto poderiam durar cinco anos, ao cabos dos quais as rugas e o esgarçar da pele voltariam. O dr. Liacyr se colocou à disposição para uma nova intervenção e foi, sim, chamado mais tarde para dar tratos no visual do ditador. Desta feita, porém, não pode atender, uma vez que tinha uma cirurgia familiar para fazer. Depois dessa recusa, não foi mais procurado. “Após a primeira intervenção, Kadafi ficou com a aparência de um homem de 45 anos de idade”, elogiou o cirurgião.
O dr. Liacyr explicou à AP que só resolveu contar sua história agora para dar mais informações sobre um homem do qual se sabe pouco, e não para se vangloriar. Como pagamento, ao final da cirurgia, realizada em um bunker repleto de homens armados, o médico brasileiro recebeu um envelope com um punhado de dólares americanos e francos suiços. "Tudo que posso dizer é que foi mais do que eu iria cobrar por meus serviços no Brasil", disse ele à AP.
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