O Brasil se preparou para evitar novas tragédias?
Depois de dois inícios de ano desastrosos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, com direito a voo de helicóptero da presidente Dilma Rousseff para conferir os prejuízos, 2013 começa com a promessa de que as chuvas não devem causar tantos estragos. Mas o plano de investir de R$ 18,8 bilhões em áreas de risco até 2014 só foi anunciado em agosto. Janeiro dirá se houve tempo suficiente para a prevenção
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247 - As chuvas de janeiro de 2012 deixaram mais de 10,5 mil pessoas desalojadas nas regiões norte e nordeste do Rio de Janeiro. No ano anterior, a situação foi ainda pior: dados da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro contaram mais de 900 morte em consequência das enchentes e deslizamentos provocados pela chuva na região serrana. Com a chegada de mais um janeiro, fica a questão: o Brasil se preparou para evitar novas tragédias?
Em agosto passado, o governo apresentou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, que prevê um investimento de R$ 18,8 bilhões até 2014 em ações de segurança às populações que vivem em áreas costumeiramente atingidas por desastres naturais. A ideia, anunciada então, era beneficiar os 821 municípios em todo o Brasil que corresponderam a 94% das mortes e 88% do total de desalojados e desabrigados nos últimos anos.
O plano pretende contemplar projetos de mapeamento, monitoramento e alerta, resposta e prevenção a desastres. Um mês depois, foram anunciados investimentos de cerca de R$ 1,1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a reconstrução de áreas destruídas em decorrência das chuvas em Belo Horizonte, também gravemente atingida por enchentes no começo de 2011, e três cidades da região serrana do Rio de Janeiro (Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis).
As chuvas deste início de ano dirão se as medidas do governo vieram a tempo ou se os moradores de áreas atingidas por enchentes terão mais um desastroso início de ano antes de as melhorias surtirem efeito.
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