Novo delator tem quase o tamanho de Barusco
Lobista Hamylton Padilha, que operava na Petrobras e fez um acordo de delação premiada na Lava-Jato, prometeu devolver US$ 70 milhões aos cofres públicos; a informação é do colunista Lauro Jardim; segundo a Polícia Federal, o contrato de afretamento de um navio-sonda para a Petrobras, que ele intermediou junto à Diretoria Internacional da estatal, foi a origem do pagamento de propina de US$ 2 milhões em uma conta secreta atribuída ao ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque; a quantia a ser devolvida por Padilha é próxima da que o ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco aceitou devolver: US$ 97 milhões
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247 - O lobista Hamylton Padilha, que operava na Petrobras e fez um acordo de delação premiada na Lava-Jato na semana passada, prometeu devolver US$ 70 milhões aos cofres públicos. Padilha atuava na diretoria Internacional da estatal, cargo controlado pelo PMDB. A informação é do colunista Lauro Jardim.
Padilha não foi preso, mas começou a ser investigado neste ano. O contrato de afretamento de um navio-sonda para a Petrobras, que ele intermediou junto à Diretoria Internacional da estatal, foi a origem do pagamento de propina de US$ 2 milhões em uma conta secreta atribuída ao ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque.
O lobista era representante da Vantage Drilling Corp, empresa que negociou o navio-sonda Titanium Explorer para a estatal. Padilha diz ter sido procurado por Raul Schmidt Felippe Júnior, outro operador, que informou que negócio só prosseguiria se houvesse pagamento de propina para Jorge Luiz Zelada, que havia substituído Nestor Cerveró na diretoria Internacional da estatal.
Durante encontro que teria ocorrido no Rio de Janeiro, Padilha afirmou que Raul o apresentou a João Augusto Rezende Henriques, que era seria o intermediário de Zelada para as instruções de recebimento de propina. Na reunião foi discutida uma dificuldade para operar o pagamento da propina sem despertar a atenção do setor de prevenção de fraudes da Vantage.
De acordo com o lobista, a solução encontrada foi buscar a empresa proprietária do navio para fazer o pagamento – a Taiwan Maritime Transportation co. Ltd (TMT) – que afretou o navio para a Vantage negociar com a Petrobras. O encontro com Nobu Su ocorreu em Nova Iorque, onde Padilha conta que acertou o pagamento de propina diretamente pela TMT, que também é acionista da Vantage.
O novo delator também informou que apresentou Nobu Su a João Augusto Rezende Henriques, intermediário de Zelada, para que eles acertassem os detalhes do pagamento da propina. Padilha afirmou que não sabe mais detalhes da operação.
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