Novo cenário eleitoral inquieta PMDB

Maior partido da base aliada pressiona Dilma Rousseff para definir alianças regionais no momento em que novas siglas surgem na orbita do Planalto; o atual governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu com o PSB para apoiar a reeleição na Presidência e se filiou ao recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e, agora, deve indicar um sucessor para disputar o governo do Estado - possiblidade pressiona o senador peemedebista Eunício Oliveira; "Nossa preocupação é resolver a questão dos cenários regionais. A pressão vem da base para Brasília", disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB)  

Maior partido da base aliada pressiona Dilma Rousseff para definir alianças regionais no momento em que novas siglas surgem na orbita do Planalto; o atual governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu com o PSB para apoiar a reeleição na Presidência e se filiou ao recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e, agora, deve indicar um sucessor para disputar o governo do Estado - possiblidade pressiona o senador peemedebista Eunício Oliveira; "Nossa preocupação é resolver a questão dos cenários regionais. A pressão vem da base para Brasília", disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB)
 
Maior partido da base aliada pressiona Dilma Rousseff para definir alianças regionais no momento em que novas siglas surgem na orbita do Planalto; o atual governador do Ceará, Cid Gomes, rompeu com o PSB para apoiar a reeleição na Presidência e se filiou ao recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e, agora, deve indicar um sucessor para disputar o governo do Estado - possiblidade pressiona o senador peemedebista Eunício Oliveira; "Nossa preocupação é resolver a questão dos cenários regionais. A pressão vem da base para Brasília", disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB)   (Foto: Roberta Namour)


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Por Jeferson Ribeiro
Reuters - A aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos, as migrações de parlamentares para outros partidos e cenários eleitorais nos Estados têm deixado as bancadas do PMDB no Congresso, em especial no Senado, inquietas e os senadores querem que a presidente Dilma Rousseff comece a definir já algumas alianças regionais.

A pressão do PMDB se dá justamente num momento em que o próprio governo refaz seus cálculos eleitorais depois da surpreendente aliança entre a ex-senadora Marina e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Campos, anunciada no último sábado e cujo o impacto eleitoral ainda é incerto.

Esse novo cenário foi alvo inclusive de uma longa reunião no Palácio da Alvorada entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira.

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Após o encontro de aproximadamente quatro horas, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que também participou da reunião, disse que a avaliação é de que é muito cedo para traçar estratégias. Segundo ele, as candidaturas de oposição ainda podem passar por mudanças até o ano que vem e ainda não se sabe o impacto da união entre Marina e Campos.

"A presidenta tem os principais palanques praticamente em todos os Estados do país", disse Mercadante aos jornalistas.
Essa vantagem, porém, pode se desfazer na avaliação dos peemedebistas caso Dilma e o PT não comecem a definir prioridades em algumas disputas.

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Uma reclamação corrente no PMDB do Senado, por exemplo, é a situação do Ceará. Lá, o líder da bancada de senadores, Eunício Oliveira, quer disputar o governo, mas está inseguro sobre como montar a aliança e teme que Dilma não apoie apenas a sua candidatura.

O atual governador, Cid Gomes, rompeu com o PSB para apoiar a reeleição de Dilma e se filiou ao recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e, agora, deve indicar um sucessor para disputar o governo. Essa possibilidade pressiona o senador peemedebista, que quer uma definição de Dilma.

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"Nossa preocupação é resolver a questão dos cenários regionais. A pressão vem da base para Brasília", disse à Reuters o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

"O desafio que esse cenário (eleitoral) exige é que tenhamos atores claros", acrescentou. Rêgo, aliás, é alvo de outra polêmica recente entre Dilma e os peemedebistas do Senado.

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O PMDB queria que ele fosse indicado para assumir o Ministério da Integração Nacional no lugar do ex-ministro Fernando Bezerra, que deixou o governo após seu partido, o PSB anunciar que não faria mais parte da coalizão de Dilma.

A presidente, porém, só quer nomear novos ministros efetivos para as pastas em dezembro, quando muitos auxiliares deixarão o governo para disputar as eleições estaduais. A decisão contrariou os peemedebistas, mas eles terão que aceitar a determinação da presidente.

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Preocupada com essa insatisfação do maior partido da aliança de Dilma no Congresso, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fez um intensivão de reuniões com a bancada nessa semana.

Se reuniu duas vezes com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversou com Rêgo, com Eunício e com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), para aparar arestas e impedir que as votações sejam contaminadas pelo mau humor do partido.

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Um senador peemedebista resumiu o momento: "estamos fazendo um alerta de que precisa conversar, mas não é uma crise", disse pedindo para não ter seu nome revelado. "Essas conversas não podem ficar para a última hora", acrescentou o parlamentar.

Um outro peemedebista do governo avalia que é cedo para tratar de todos os cenários regionais, mas já está na hora de definir algumas variáveis das equações estaduais para garantir palanques unidos e competitivos.

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Ele aponta os casos da Bahia, onde Geddel Vieira Lima já avisou que fará campanha contra o PT, caso o governador petista Jacques Wagner não aceite fazer uma aliança com o PMDB; do Ceará, onde há dúvidas sobre os movimentos de Cid Gomes; e do Rio de Janeiro, onde PT e PMDB também devem se enfrentar.

"Se os projetos regionais do PMDB ficarem em xeque, a aliança nacional com o PT pode se enfraquecer", avisa esse parlamentar.
Por enquanto, porém, esse peemedebista diz que os senadores estão passando por uma "angústia de grávida nos meses finais de gestação."

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