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Eliana Calmon e seus adversários. O Congresso sem noção. Minas e a privataria tucana



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A ministra tem um lado: o certo

A ministra Eliana Calmon está comprando uma boa briga. Os presidentes das associações de magistrados, que tentam reduzir os poderes do Conselho Nacional de Justiça para evitar que juízes corruptos sejam punidos, assinaram nota forte contra ela. Ponto, pois, para a ministra.

Se as associações fizessem elogios, alguma coisa a ministra estaria fazendo errado. É muito raro ver essas entidades defendendo uma boa causa.

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As associações têm um lado: o errado

Gabriel Wedy, presidente de uma dessas entidades, a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), disse que “a ministra conseguiu unir todo o Judiciário contra ela, o STF, as associações e os magistrados”. Há exagero nisso, claro, pois no Judiciário há muitos juízes que não são coniventes com a corrupção e com a proteção aos corruptos.

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Mas para o país seria bem melhor que o Judiciário, o STF, as associações e os magistrados estivessem unidos a favor do trabalho de Eliana Calmon.

O mundinho fechado do Congresso

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Acaba mais um ano legislativo e, como se previa, nem uma só decisão referente à falada reforma política foi tomada. Senadores e deputados até que fizeram algumas encenações, brincaram de discutir e votar, mas nada que fosse para valer. Quando se fala em reforma política, o que interessa a alguns não interessa a outros. E os partidos pensam, sobretudo, em como uma medida irá beneficiá-los ou prejudicá-los.

O ano legislativo foi um grande fracasso em relação a decisões que verdadeiramente interessam ao país e à moralização da Câmara e do Senado, para que o Poder Legislativo seja digno de respeito. Mas o presidente da Câmara e líderes governistas alardeiam, com o beneplácito de jornalistas preguiçosos, que foi um sucesso, porque conseguiram aprovar o que o governo precisava.

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O que só mostra que deputados e senadores, em sua maioria – e alguns jornalistas que cobrem suas atividades – vivem em um mundo à parte, distante do mundo real. O que eles acham importante, ninguém aqui fora acha.

É uma distância perigosa para a democracia.

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São mesmo sem noção

No momento em que deputados querem aumentar as verbas de gabinete de R$ 60 mil mensais para R$ 80 mil, alegando que precisam aumentar os salários de seus funcionários, descobre-se que o líder do PSDB, Duarte Nogueira, mantém em sua cidade no interior paulista um motorista que serve à sua família, mas é pago pela Câmara. O que nada tem de mais, segundo o parlamentar oposicionista.

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Uma das excrescências adotadas pelo Senado e pela Câmara é pagar funcionários de parlamentares que trabalham em seus estados de origem. São cabos eleitorais e afilhados políticos que recebem dinheiro público para trabalhar pela reeleição do parlamentar. Não há nenhuma justificativa para deputados e senadores terem tantos funcionários em seus gabinetes em Brasília e muito menos em seus estados.

Mas, como Duarte Nogueira, eles acham que isso nada tem de mais. Perderam a noção mesmo.

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Tinha de ser Minas

José Serra demonstrou sem sutileza, na reunião da comissão executiva nacional do PSDB, na terça-feira, que sabe exatamente onde começaram as investigações do jornalista Amaury Ribeiro Júnior que deram origem ao livro “A Privataria Tucana”.

Sabe que tudo começou em Minas Gerais.

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