No Itaú, JB erra de novo e critica seus ex-colegas
Agora palestrante, Joaquim Barbosa continua achincalhando a imagem do Poder Judiciário; ontem, em palestra promovida pelo Banco Itaú a seus clientes, no Hotel Copacabana Palace, ele ecoou as críticas do ministro Gilmar Mendes e disse estar preocupado com as próximas nomeações para o Supremo Tribunal Federal; disse ainda que as mudanças ocorridas no colegiado no fim da Ação Penal 470 reduziram as penas dos políticos, numa crítica velada aos colegas Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki; embora tenha encarnado o papel de moralista midiático, JB, que deixou o STF para faturar alto com palestras e se preparar para uma futura carreira política, ainda não devolveu o apartamento funcional que ocupa irregularmente
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247 - Depois de retornar de suas férias em Miami, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, iniciou ontem sua carreira de palestrante. O primeiro contratante foi o banco Itaú, dos irmãos Roberto e Neca Setubal, que, depois de apoiar com entusiasmo o projeto de Marina Silva em 2014, já vislumbram em Barbosa uma nova perspectiva de poder. Barbosa saiu do STF para ser palestrante bem-remunerado e também candidato à presidência da República em 2018.
Na palestra, realizada no Hotel Copacabana Palace, para clientes vip do Itaú, Barbosa, mais uma vez, achincalhou a imagem do Poder Judiciário. Segundo relato do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ele ecoou as críticas feitas recentemente por Gilmar Mendes e disse enxergar um risco nas próximas nomeações para o STF. Gilmar falou em "bolivarianismo". Barbosa disse que as mudanças no colegiado, ocorridas no fim da Ação Penal 470, contribuíram para reduzir as penas dos políticos envolvidos no processo.
Foi uma crítica indireta aos colegas Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki (juristas respeitados, ao contrário de Barbosa), que acolheram os chamados embargos infringentes e absolveram alguns réus da acusação de formação de quadrilha. Até o final de seu mandato, em 2018, Dilma fará com que o PT tenha nomeado 10 dos 11 ministros da corte.
Segundo o relato de Ancelmo Gois, a principal curiosidade da plateia não foi respondida: o motivo pelo qual Barbosa não apoiou nenhum dos candidatos em 2014. A resposta é simples. Ele não se comprometeu com a presidente Dilma Rousseff, com o senador Aécio Neves ou com Marina Silva porque prepara, desde já, sua candidatura em 2018, encarnando o papel que desempenhou nos últimos anos: o de moralista midiático.
O problema é que os fatos nem sempre correspondem à propaganda. Ontem, Barbosa foi notícia novamente porque se recusa a cumprir a lei e a devolver o apartamento funcional que ainda ocupa irregularmente em Brasília. Embora tenha saído do STF para faturar alto com palestras e pareceres jurídicos, agora que conseguiu o registro de advogado na OAB, ele se mantém apegado às mordomias do passado (leia aqui a reportagem "Devolve o apê, Barbosa").
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