Mulher de Franklin rebate Folha sobre Cine Group
Reportagem ressalta a empresa que tem Mônica Monteiro como sócia majoritária, que ganhou R$ 34,2 mil em 2004 – ano em que foi registrada na Junta Comercial do DF, saltou para R$ 1,2 milhão em 2003 de “repasses de órgãos do governo federal” ; em carta resposta, a mulher de Franklin Martins, ex-ministro de Lula, tacha o conteúdo de "frágil, superficial e tendencioso" e diz que induz o leitor a concluir que há ilegalidade ou infração ética no caso
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247 - Mônica Monteiro, mulher de Franklin Martins, ex-ministro de Lula, rebateu a reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ sobre os ganhos da Cine Group.
A empresa, que tem Mônica Monteiro como sócia majoritária, ganhou R$ 34,2 mil em 2004 –ano em que foi registrada na Junta Comercial do DF. Em 2013, ganhou R$ 1,2 milhão com "repasses de órgãos do governo federal" .
Em carta resposta, ela tacha o conteúdo de "frágil, superficial e tendencioso" e diz que induz o leitor a concluir que há ilegalidade ou infração ética no caso.
Leia na íntegra:
CARTA DE MÔNICA MONTEIRO, SÓCIA DA CINE GROUP
"A matéria publicada na página A4 da Folha de S. Paulo de quinta-feira, 17 de julho, com o título "Mulher de Franklin recebeu R$ 1,2 mi da União em 2013 ", sugere que a Cine Group obteve favores do governo federal, graças à influência de Franklin Martins. O que se vê é que [a reportagem] não oferece nenhuma prova ou evidência de que isso ocorreu. O conteúdo é frágil, superficial e tendencioso.
Gostaria de levantar alguns pontos que julgo muito importantes:
1. O texto induz o leitor a concluir que há ilegalidade ou infração ética no fato de uma empresa controlada por uma pessoa que mantém relacionamento com um ex-ministro prestar serviços ao governo federal, mas não mostra leis ou códigos de ética que afirmem isso;
2. O uso do verbo "ganhar" sugere que a Cine Group recebeu de graça, ou com privilégios, verbas do governo federal, sem dizer como foi vencedora de uma concorrência para prestar os serviços;
3. A reportagem omite o fato de que o contrato para produzir a segunda temporada da série "Nova África" resultou de uma licitação pública que não foi contestada nem por concorrentes nem por qualquer agente legal, e cujas imagens estão disponíveis na TV Brasil;
Isso foi esclarecido em texto enviado à repórter: "A Cine recebeu (...) R$ 2.392.000,00 referentes a uma licitação na modalidade pitching, por um programa televisivo chamado Nova África para TV, composto por 26 programas de 26 minutos cada, gravados em 30 países da África, conforme já noticiado em matéria da Folha de S.Paulo, em abril de 2012. Participaram do júri da licitação não apenas funcionário da EBC, mas também representantes da sociedade civil. O evento foi filmado e as imagens estão de posse da TV Brasil."
4. A repórter não citou a informação, oferecida pela Cine Group, de que esse contrato, obtido em licitação, é o responsável pela mencionada elevação do faturamento da empresa originada do governo federal e insinuada como "escandalosa".
Tal informação foi igualmente fornecida à Folha no texto enviado ao jornal: "recebemos os pagamentos mediante as entregas dos programas, o que aconteceu entre 2012 e 2013, sendo R$ 1.387.360,00 em 2012 e R$ 1.004.640,00 em 2013".
5. O jornal não ofereceu nenhum contexto que permitisse ao leitor concluir com independência sobre a licitude ou ilicitude dos fatos narrados: qual a importância relativa da participação do governo federal no faturamento geral da Cine Group, qual o nível de qualidade dos serviços prestados pela Cine Group, que outras fontes de faturamento a Cine Group tem e qual a sua dimensão vis-à-vis o governo federal, e como a participação da Cine Group no conjunto dos serviços audiovisuais contratados pelo governo federal se compara à de outras produtoras do mesmo porte.
6. Todo o conjunto distorce e omite informações e argumentos com a indisfarçável intenção de insinuar uma relação ilícita de causa e efeito entre um relacionamento pessoal da controladora da Cine Group e a prestação de serviços de sua empresa ao governo federal, sem nenhuma sustentação factual que comprove a acusação.
E, por último, a Cine Group lamenta que o jornal, que se coloca a favor da igualdade de gênero, traga um título preconceituoso sugerindo que o meu sucesso profissional de 30 anos e da empresa que mantenho há 18 anos se deve ao fato de ser casada com um homem público."
Mônica Monteiro, CEO da Cine Group
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