MTST diz temer jogo da direita pelo impeachment
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que não enxerga exageros no fato dos movimentos sociais temerem de que a presidente Dilma Rousseff não chegue ao fim do seu segundo mandato à frente da Presidência da República; "O Governo está em uma situação de fragilidade muito grande ainda. Dizer que não há risco de o Governo ser derrubado é não considerar o nível de tensão que existe na conjuntura. É não considerar o nível de animosidade antipetista que está posta no Congresso. Essa questão da ausência de provas... O impeachment é, antes de tudo um julgamento político, não um julgamento judicial", disse; ele também destaca que o governo deve reagir às constantes "humilhações" do Congresso Nacional e que o PT deve deixar de lado a aproximação com a direita
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247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que não enxerga exageros no fato dos movimentos sociais temerem de que a presidente Dilma Rousseff não chegue ao fim do seu segundo mandato à frente da Presidência da República.
"O Governo está em uma situação de fragilidade muito grande ainda. Dizer que não há risco de o Governo ser derrubado é não considerar o nível de tensão que existe na conjuntura. É não considerar o nível de animosidade antipetista que está posta no Congresso. Essa questão da ausência de provas... O impeachment é, antes de tudo um julgamento político, não um julgamento judicial", disse em entrevista o jornal El País.
Para Boulos, a única saída do PT é assumir que "escolheu um lado" e deixe de lado o discurso conciliador com a direita brasileira. Apesar disso, ele disse que os movimentos populares não podem "defender o indefensável", sendo necessário que o Governo Federal adote uma nova postura.
Boulos afirma, ainda, que o movimento rechaça as tentativas de impeachment da presidente Dilma, apesar de dizer que o governo vem se aproximando cada vez mais da direita. temos a preocupação de não jogar água no moinho da direita. Mas o Governo tem que ser preocupar em tomar medidas e sinalizações para a esquerda brasileira. Se só dá sinalizações para o outro lado, só vira para a direita, só recua, ele se torna um governo indefensável. E nós não vamos defender o indefensável", afirmou.
Para o líder do MTST, o Congresso Nacional vem "peitando"e "afrontando o Executivo há meses". "Continuar nessa situação refém do Congresso, refém de Eduardo Cunha, refém de Renan Calheiros, isso é inadmissível. Chegou a um ponto onde não há muitas escolhas. Insistir nessa alternativa, inclusive colocar o Michel Temer como articulador, é a expressão dessa insistência, de manter um pacto que está carcomido. Significa partir pra sangria gradual, desatada e que só vai levar para a desmoralização completa desse governo. É preciso responder, com um mínimo de pé, um mínimo de enfrentamento às ofensas do Congresso.", afirmou.
Confira aqui a entrevista na íntegra.
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