MPF denuncia esquema de "taxa de proteção" contra investigações, como citou Tacla Duran no caso da Lava Jato

Pagamentos garantiam blindagem contra investigações. Segundo o MPF, os advogados Figueiredo Basto e Rodrigues Flores recebiam o dinheiro e repassavam uma parte a autoridades



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247 - O Ministério Público Federal denunciou à Justiça do Rio de Janeiro um esquema em que advogados e intermediários cobravam uma "taxa de proteção" para evitar que suspeitos fossem investigados. A denúncia, apresentada em 2020, incluía acusações de evasão de divisas, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro, informa Jamil Chade, do UOL.

Um dos denunciados é Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, acusado por Rodrigo Tacla Duran de participar do esquema que protegia certos nomes da Operação Lava Jato. Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, alegou ter pagado uma quantia para evitar sua prisão durante a investigação.

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Investigação do MPF em 2018 revelou evidências desse esquema. Segundo a denúncia, os doleiros Dario Messer, Claudio Fernando Barboza de Souza e Vinicius Claret pagavam a "taxa de proteção" em dinheiro aos advogados Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores, que afirmavam repassar parte desses pagamentos a autoridades envolvidas nas investigações.

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O dinheiro era transferido para uma conta no exterior, em nome de uma empresa offshore, com o objetivo de ocultar sua origem ilícita. Figueiredo Basto admitiu parcialmente a evasão de divisas, conforme confessado por seu sócio Luis Gustavo Flores.

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A denúncia também menciona a criação de uma conta no sistema de contabilidade da organização criminosa chamada "MESADA" ou "MÊS", para registrar os pagamentos da "taxa de proteção". Extratos bancários confirmaram a existência dessa conta.

Em um depoimento recente, Rodrigo Tacla Duran testemunhou sobre o sistema de proteção durante um processo judicial envolvendo Jorge Glass, ex-vice-presidente do Equador. Duran relatou constrangimentos causados pelos procuradores da Lava Jato em Curitiba, alegando que esses pagamentos eram destinados à taxa de proteção e envolviam alguns advogados próximos da força-tarefa.

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