Movimento sindical formalizará apoio a Dilma

No início da semana, representantes de seis centrais sindicais se reúnem para discutir detalhes do ato da próxima quinta-feira 7, em São Paulo, para manifestar seu apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é uma demonstração de que a candidatura é "amplamente majoritária" entre o movimento sindical, ainda que o apoio não seja unânime

No início da semana, representantes de seis centrais sindicais se reúnem para discutir detalhes do ato da próxima quinta-feira 7, em São Paulo, para manifestar seu apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é uma demonstração de que a candidatura é "amplamente majoritária" entre o movimento sindical, ainda que o apoio não seja unânime
No início da semana, representantes de seis centrais sindicais se reúnem para discutir detalhes do ato da próxima quinta-feira 7, em São Paulo, para manifestar seu apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é uma demonstração de que a candidatura é "amplamente majoritária" entre o movimento sindical, ainda que o apoio não seja unânime (Foto: Gisele Federicce)


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Por Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual

No início da semana que vem, representantes de seis centrais sindicais se reúnem para discutir detalhes do ato da próxima quinta-feira (7), em São Paulo, para manifestar seu apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é uma demonstração de que a candidatura é "amplamente majoritária" entre o movimento sindical, ainda que o apoio não seja unânime. "A única vez que houve a totalidade das centrais foi em 2010, na eleição da presidenta Dilma. Nem o ex-presidente Lula teve", afirmou, no encerramento da 14ª plenária da central.

Ele ressalva não é um ato das centrais, mas de dirigentes sindicais de várias entidades. "O importante é que os presidentes de cinco das seis centrais estarão presentes", destacou. A exceção será a Força Sindical – mesmo assim, vários representantes dessa entidade estarão presentes, além de dirigentes da CSB, CTB, CUT, Nova Central e UGT. O encontro será realizado no ginásio da Portuguesa, zona norte da capital paulista. Os sindicalistas manifestarão seu apoio à reeleição e também vão cobrar atendimento de reivindicações, como a redução da jornada de trabalho e o fim do fator previdenciário.

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Na última quinta-feira 31, além da aprovação de uma moção pela reeleição de Dilma, formalizando o apoio, a CUT entregou uma pauta específica para a presidenta, uma plataforma com quase 300 itens. E não entregará a mais ninguém, disse Freitas. "Não vamos entregar pauta a quem nunca teve compromisso com a classe trabalhadora. Pode ser que alguns digam hoje que concordam, para confundir."

Para ele, a candidatura de Aécio Neves (PSDB) traz ameaça a direitos trabalhistas. "Minha certeza não é por achismo. Ele era o presidente da Câmara quando o Fernando Henrique Cardoso apresentou o projeto de flexibilização da CLT. Não estou fazendo leviandades, só estou falando a história dele. Ele representa o empresariado."

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Reforma política

Muitos itens da chamada pauta trabalhista já haviam sido apresentados na campanha anterior, em 2010, não avançaram e estão sendo novamente levados a Dilma. Para o dirigente da CUT, uma parcela das reivindicações foi atendida, outras dependem do Congresso ("Queremos a intermediação da presidenta, o que é diferente", diz) e outras realmente não andaram.

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Segundo Freitas, muitas questões travam no Congresso pela parcela expressiva de bancada empresarial, o que é mais um motivo para discutir a reforma política. "Enquanto você tiver financiamento privado de campanha, isso vai continuar. Entrar no Congresso Nacional quem tem dinheiro." A CUT defende um plebiscito pela reforma política e está entre as dezenas de entidades que promoverão uma consulta popular prevista para 1º a 7 de setembro em todo o país.

Sobre uma das questões consideradas mais importantes – a redução da jornada –, o presidente da CUT acredita que o governo poderia estimular (ou "forçar") o debate, a partir do envio de um projeto específico ao Parlamento. Desta vez, adianta, seria possível conversar sobre uma diminuição gradual, talvez de uma hora por ano, para chegar às 40 horas semanais até o fim da próximo mandato. Antes não havia consenso entre as centrais. Agora existe, diz Freitas.

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