Morte de Yorkshire merece prisão, diz União Protetora

Caso da enfermeira que matou co por espancamento, em Gois, se torna um dos mais comentados do dia na internet; presidente da SUIPA, Izabel Cristina Nascimento pede priso da agressora

Morte de Yorkshire merece prisão, diz União Protetora
Morte de Yorkshire merece prisão, diz União Protetora (Foto: Divulgação)


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Diego Iraheta_ 247 - A morte do yorkshire, espancado por uma jovem de Formosa (GO), alimentou a revolta de milhões de brasileiros. Pelas redes sociais, começou uma ofensiva contra a suposta agressora – uma enfermeira de 21 anos – por meio de hashtags no Twitter e eventos no Facebook. A imagem de um pit bull com a mensagem “Cadê enfermeira?” foi compartilhada cerca de 30 mil vezes para provocar a mulher que matou um cão de pequeno porte, mas certamente não teria colhões para avançar em um cachorro bravo.

Passado esse primeiro momento de revolta, os internautas devem continuar cobrando da polícia a investigação e a punição da agressora. Essa é a opinião da diretora-presidente da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais, Izabel Cristina Nascimento. “Uma pessoa normal não faria uma crueldade dessas com nenhum ser vivo. Ela pode fazer a mesma coisa com criança, com idoso, se já não fez”, analisa a especialista. Em entrevista ao Brasil 247, Izabel Cristina defende o endurecimento da legislação de maus-tratos de animais no Brasil. Ela propõe também campanha do Ministério da Educação para incentivar a boa convivência de homens e bichos.

Leia a íntegra:

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247: No vídeo que estourou na internet, uma mulher espanca até a morte um cachorro claramente indefeso, frágil. A que a senhora atribui esse tipo de comportamento?

Izabel Cristina Nascimento: Primeiro, eu acredito que essa pessoa tenha transtornos mentais. Uma pessoa relativamente normal não faria uma crueldade dessas com nenhum ser vivo. Ela pode fazer a mesma coisa com criança, com idoso, se já não fez.

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247: Há duas semanas, um cachorro foi enterrado vivo no interior de São Paulo. Neste ano, houve relatos de episódios semelhantes. Em que medida as agressões de cães domésticos são comuns?

Muito comuns. As pessoas envenenam animais, principalmente gatos. Outras jogam balde de água fervendo sobre cachorros. Batem em cavalos. Tem gente que compa chumbinho (produto químico proibido) para matar animais.

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247: Raramente, ouvimos falar de condenações de quem maltrata animais. A legislação contra maus-tratos de bichos favorece a impunidade no Brasil?

Existe uma lei federal – a 9.605/1998, que considera crime ambiental agressão contra animais. Mas a pena é de três meses a um ano, além de multa. Mas essas pessoas acabam não sendo punidas. Essa pena tinha que ser ampliada. A crueldade existe. A pessoa tem que ser punida mesmo – e não só com multa ou cesta básica.

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247: Agora, a internet está toda mobilizada contra a agressora. A raiva é uma primeira reação, mas não adianta ficar xingando a agressora. Politicamente, qual deve ser o próximo passo dessa comunidade que está unida contra os maus-tratos de animais?

Todos nós da internet devemos cobrar das autoridades policiais punição dessa mulher. Se fosse uma criança ou um idoso espancado, a polícia iria atrás. Se a enfermeira espancou um idoso, a polícia investigaria. Agora, é hora de cobrar que ela seja punida.

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247: E, a médio prazo, o que deve ser feito para que a sociedade combata esse tipo de agressão?

Sugiro uma campanha educativa para conscientizar as pessoas de que existem animais humanos e não-humanos. Enquanto isso não ocorrer, o animal vai ser tratado como lixo, como objeto. E nós somos animais da mesma forma que cachorros, gatos. O Ministério da Educação deveria capacitar professores para lidar com esse tipo de questão – a convivência de homens com animais – em todas as escolas brasileiras.

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Em tempo: A Polícia Civil de Goiás já abriu inquérito para apurar o caso. O delegado Carlos Firmino é o responsável pela investigação. Como o yorkshire morreu em decorrência das agressões, a mulher pode pegar até um ano e três meses de prisão.

Assista ao vídeo:

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