Morte de juíza gera revanche sobre PM do Rio
Ministrio Pblico pede afastamento de 34 policiais militares que respondiam a processos analisados por Patrcia Acioli, morta a tiros; foram pedidas 28 prises; nenhum suspeito direto pelo crime foi apontado at agora
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Em resposta ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu o afastamento de 34 policiais militares que respondem a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que era comandada pela magistrada. A maior parte dos agentes é acusada de forjar autos de resistência (mortes em confronto com a polícia) para encobrir assassinatos praticados por grupos de extermínio ou milícias.
A promotoria também solicitou a prisão de 28 desses policiais. São agentes que já haviam tido a prisão requerida pelo MP no passado, mas que ainda não tiveram o pedido analisado ou que permanecem soltos por habeas corpus. Os requerimentos ainda serão avaliados pelos juízes que atuam na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que atualmente é comandada pelo juiz Fábio Uchôa.
Se os pedidos de afastamento forem aceitos pela Justiça, os policiais deverão entregar suas armas e identidades funcionais, mas cumprirão a punição dentro dos quartéis - ficando fora das ruas.
Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, o pedido de afastamento tem o objetivo de desarticular parte das milícias e grupos de extermínio da região, pois os policiais "se valiam de função pública para cometer crimes".
"Resolvemos dar uma resposta à sociedade brasileira. Se alguém pensou que esse assassinato iria intimidar a Justiça, devemos dar uma resposta efetiva no sentido contrário", disse Lopes. Apenas 60% dos processos contra policiais foram analisados pelos promotores. O restante será avaliado nas próximas semanas.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247