“Moro morre de medo de Tacla Duran”, diz Joaquim de Carvalho

O advogado Rodrigo Tacla Duran denunciou ter sido alvo de chantagem por parte do advogado Carlos Zucolotto, ligado a Moro

Joaquim de Carvalho, Sérgio Moro e Rodrigo Tacla Duran
Joaquim de Carvalho, Sérgio Moro e Rodrigo Tacla Duran (Foto: Brasil247 | ABR | Reprodução)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O jornalista Joaquim de Carvalho comentou nesta quinta-feira (16) a decisão do novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Fernando Appio, que revogou a prisão preventiva contra do advogado Rodrigo Tacla Duran, decretada em 2016 pelo então juiz da Lava Jato Sergio Moro.

'Moro morre de medo de Tacla Duran", disse Joaquim de Carvalho no programa Boa Noite 247. "Isso me foi dito por advogados. Eles queriam saber o que o Tacla Duran tinha que Moro morria de medo. Qualquer advogado que arrolava Tacla Duran como testemunha, Moro fugia, negava. Não queria ouvi-lo de jeito nenhum. Morria de medo", disse o jornalista. Duran mora na Espanha e denunciou ter sido alvo de chantagem por parte do advogado Carlos Zucolotto, ligado a Moro.

continua após o anúncio

Ao revogar a prisão preventiva de Rodrigo Tacla Duran, o juiz Eduardo Appio destacou que o combate à corrupção deve ser empregado dentro da lei, "assegurando-se imparcialidade do juízo, bem como a ampla defesa". 

A decisão de Appio ocorreu três dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou a suspensão de processos abertos contra Tacla Duran com base em informações apresentadas por delatores da Odebrecht.

continua após o anúncio

Na decisão, Appio citou na sequência os diálogos da "Vazajato", lembrando que eles tiveram sua autenticidade atestada pelo STF. "Como revelado, havia uma rede subterrânea de comunicação, digna de filme de espionagem, através da qual se selecionavam provas e alvos a serem atingidos, bem como quem seriam os juízes das causas criminais segundo as preferências da acusação (que é parte no processo)", afirmou.

“O cidadão Tacla Duran tem, a meu ver, o direito de exercer seus direitos de defesa (devido processo legal substantivo) em liberdade, até que sobrevenha eventual condenação (até porque se encontra hoje amparado em recentíssima decisão do Egrégio Supremo Tribunal)", disse.

continua após o anúncio

>>> Revogação da prisão de Tacla Durán é vitória do estado democrático de direito e derrota de Moro e Dallagnol

De onde vem o medo de Moro

Em novembro de 2017, Rodrigo Tacla Durán prestou depoimento na CPI da JBS e apresentou prints da conversa que teve com o advogado Carlos Zucolotto Júnior, padrinho de casamento, amigo de Sergio Moro e ex-sócio da esposa do então juiz e atual deputada federal, Rosângela Moro. 

continua após o anúncio

Na conversa, Zucolotto oferecia facilidades num acordo de delação premiada, como prisão domiciliar e a redução de multa, mas, em troca, queria 5 milhões de dólares, pagos por fora. No dia seguinte à conversa, o advogado de Tacla Durán recebeu uma minuta do acordo, com os termos acordados com Zucolotto. 

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247