Moro decreta nova prisão de Marcelo Odebrecht

A investigação da Operação Lava Jato descobriu que a Odebrecht controlava seis contas bancárias no exterior para pagar propinas aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada e ao ex-gerente da estatal Pedro Barusco; a prova foi apresentada pelo juiz Sérgio Moro nesta sexta (24), em despacho para justificar um novo decreto de prisão preventiva contra o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e outros quatro executivos ligados à companhia; Moro escreveu que há prova da materialidade de “crimes de cartel, ajuste de licitações, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do esquema criminoso da Petrobras”; Odebrecht está preso em Curitiba desde junho

sergio moro marcelo odebrecht
sergio moro marcelo odebrecht (Foto: Valter Lima)


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247 - A investigação da Operação Lava-Jato descobriu que a Odebrecht controlava seis contas bancárias no exterior para pagar propinas aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada e ao ex-gerente da estatal Pedro Barusco. A prova foi apresentada pelo juiz Sérgio Moro nesta sexta-feira (24), em despacho para justificar um novo decreto de prisão preventiva contra o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, e outros quatro executivos ligados à companhia.

A força-tarefa da operação rastreou o caminho do dinheiro que saiu da empreiteira e chegou até os funcionários da Petrobras que teriam recebido a propina para favorecer a Odebrecht em contratos com a estatal. Com base em documentos enviados por autoridades da Suíça e outros documentos juntados ao processo, o juiz Moro concluiu que “há prova de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas por empresas do grupo e outras contas secretas, mantidas no exterior por dirigentes da Petrobras”.

No despacho desta sexta-feira, Moro escreveu que há prova da materialidade de “crimes de cartel, ajuste de licitações, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do esquema criminoso da Petrobras”. O juiz explicou porque cada um dos quatro executivos ligados à companhia devem ficar detidos: Márcio Farias é apontado como participante das reuniões do cartel de empreiteiras; Rogério Araújo foi citado na investigação como responsável por fazer o contato com Bernardo Freiburghaus, responsável por administrar as contas na Suíça; e Alexandrino de Alencar foi citado em depoimento como responsável por combinar propina. Já Marcelo aparece em uma troca de emails em que é discutido “sobrepreço” em um contrato e é apontado pela investigação como conhecedor de todo o esquema de corrupção.

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