Ministro da Defesa defende uso de farda por Mauro Cid e nega responsabilidade do Exército com intentona golpista

José Múcio afirma que não havia golpistas nos acampamentos diante dos quartéis: os "legalistas" e os "indignados"

José Múcio e terroristas bolsonaristas
José Múcio e terroristas bolsonaristas (Foto: ABR | Reuters)


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247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que não viu como afronta de Mauro Cid à CPI do 8 de janeiro a decisão dele de prestar depoimento fardado e disse que outros militares da ativa poderão fazer o mesmo até o final da comissão, informa a Folha de S.Paulo. Múcio também livrou o Comando do Exército de culpa pela intentona golpista. "Não vai caber a nós julgar. Os crimes que são ditos comuns, que foram crimes praticados individualmente, são crimes de civis. O comando não participou daquilo", disse.

Segundo Mùcio, nos acampamentos que se organizaram na frente dos quartéis havia duas facções, os "legalistas" e os "indignados". "Ali havia duas facções do Exército convivendo naquele acampamento. Mas às Forças Armadas não interessava golpe". 

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Do acampamento de Brasília partiram os bolsonaristas golpistas que tentaram invadir o prédio da Polícia Federal, em 12 de dezembro, e os que depredaram as sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro.

Sobre o uso de farda por Mauro Cid na CPI, Múcio afirmou que ele é oficial militar e tem direito a usar a vestimenta. Principal ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel não respondeu às perguntas da CPI. A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia entendeu que ele deveria ir à sessão, mas poderia ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo.

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