Metroviários de Brasília se defendem atacando o governo
Suspeitosde sabotar o Metr e prejudicar cerca de 160 mil passageiros por dia, profissionais da categoria acusam governo de divulgar informaes das investigaes de forma irresponsvel como manobra para desmoralizar tentativa de greve
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Natalia Emerich _Brasília247 – A suspeita de sabotagem ao sistema de trens do Metrô pode ter sido uma manobra para desmobilizar a movimentação grevista dos funcionários da companhia. A afirmação é do diretor-conselheiro do Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô), Leandro Santos, que acusa o governo e o Metrô de divulgar informações sobre as investigações de forma irresponsável.
“Não existem provas concretas sobre o envolvimento de metroviários nessa suposta sabotagem e é muito conveniente fazerem isso na véspera de indicativo de greve”, critica Santos. Para ele, a atitude do Metrô e do governo criminaliza previamente os funcionários da empresa e faz com que a entidade seja rebaixada. “É uma forma de jogar a população contra os funcionários”, acusa o diretor-conselheiro.
A confirmação de sabotagem no sistema de comunicação, que comprometeu o funcionamento dos trens na semana passada, foi oficializada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (13). A 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) abriu investigação para apurar as falhas apresentadas pelo serviço e constatou que um cabo clandestino foi instalado na estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto, para sobrecarregar o sistema.
Encontrados os problemas, a Polícia Civil tenta identificar os responsáveis pelo ato criminoso. Segundo o porta-voz do governo, Ugo Braga, o governador considerou a atitude gravíssima. “Um grupo de radicais não pode, a pretexto da luta por salários, colocar em risco a vida de mais de 150 mil usuários do metrô”, afirmou em entrevista pela manhã. À tarde, Ugo Braga preferiu não se pronunciar sobre a acusação de uma possível manobra para desmobilizar a movimentação grevista dos funcionários.
O diretor-conselheiro do Sindmetrô concorda com a gravidade da suspeita. “Se houve mesmo a sabotagem, o autor não deve ficar impune, não vamos passar a mão na cabeça de ninguém”, enfatiza Santos. No entanto, ele considera que investigações e acusações devem ser feitas com muito critério, pois não são apenas funcionários do Metrô que circulam pelas áreas dos terminais e das centrais.
O presidente em exercício do Metrô, Nilson Martorelli, disse, em entrevista à BandNews, que cerca de 50 funcionários da empresa transitam pela sala onde o cabo foi implantado. O grande acesso de pessoas dificulta encontrar o criminoso.
Mas Santos rebate que os metroviários têm acesso quase restrito ao local do crime. “Quem tem acesso ao espaço é o pessoal de manutenção, terceirizado pela empresa Metroman”, questiona o diretor-conselheiro. Ele diz ainda que a fiscalização na área é feita por um servidor do Metrô.
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