Médicos cruzam os braços contra planos de saúde

Consultas marcadas para hoje esto ameaadas; greve quer dar carto vermelho s operadoras; profissionais exigem R$ 60 por consulta, em lugar dos R$ 15 a R$ 40 de hoje; confira, Estado por Estado, os convnios a serem atingidos



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247 – Sob o mote de dar um “cartão vermelho” para as operadoras de planos de saúde, cerca de 120 mil dos 160 mil médicos ligados às chamadas empresas de medicina de grupo prometem entrar em greve hoje em 24 Estados. Cirurgias e procedimentos marcados com antecedência estão confirmados, mas as consultas, em tese, a depender da extensão do movimento, ficam ameaçadas.

Confira aqui a lista de operadoras que serão alvos da greve em cada Estado do País.

Há tempos os médicos vivem uma relação de intensas reclamações contra o tratamento recebido pela categoria da parte das operadoras de planos de saúde. E também não é de hoje que eles vêm realizando protestos e greves pela melhor remuneração para consultas e atendimentos. Em 7 de abril deste ano, os profissionais tentaram uma greve nacional, que, de fato, registrou atos em várias capitais do País. Amanhã, eles tentarão outra vez. A principal reivindicação é a remuneração de R$ 60 por consulta. Hoje, os planos pagam um mínimo de R$ 15 e, em média, R$ 40. A referência que eles querem ver adotada para o pagamento de procedimentos é a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), que as operadoras não aceitam. Os médicos também pedem o fim das interferências dos planos em suas decisões, como a indicação de exames e cirurgias.

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As lideranças do movimento acreditam que a greve nacional, desta vez, terá maior amplitude que a anterior. Em Brasília, hoje, representantes de conselhos de medicina, de sindicatos médicos, e de associações e sociedades de especialidades definiram os últimos detalhes para o movimento. "Esta mobilização é a mais expressiva dos últimos anos e, sem dúvida, a mais bem-sucedida em termos de organização e resultados”, avalia Florisval Meinão, diretor da Associação Médica Brasileira.

Além do valor, espera-se limitar interferências na atividade médica. "Cada vez mais vemos pacientes que têm plano de saúde usando o SUS porque o plano não autorizou determinado procedimento, principalmente os de alta complexidade e alto custo, como radioterapias e quimioterapias", afirmou, em coletiva, o presidente eleito da AMB, Florisval Cardoso.

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Aloísio Tibiriçá, vice-presidente do CFM, criticou a postura do governo de não acompanhar de perto as demandas de médicos e pacientes com relação aos planos de saúde. "A desassistência [na saúde suplementar] avança a passos largos, sendo próxima do SUS, com perda também na parte da humanização." Sobre essas questões, completa, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) "tem sido completamente ineficaz".

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