Marinho se diz "invadido" após dados sigilosos extraídos no governo Bolsonaro: "uso descarado da máquina do estado"

Empresário lamenta dados fiscais sigilosos extraídos pela Receita Federal no início da gestão de Jair Bolsonaro: "nos deixa em situação de fragilidade diante da autoridade pública"

Paulo Marinho e Jair Bolsonaro
Paulo Marinho e Jair Bolsonaro (Foto: ABR)


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247 - Após a revelação de que seus dados fiscais sigilosos foram acessados e extraídos pela Receita Federal no início do governo Bolsonaro (PL), o empresário Paulo Marinho afirmou que se sente "invadido" e denunciou que o ex-ocupante do Palácio do Planalto fez um "uso descarado da máquina do estado contra o cidadão brasileiro", em entrevista à coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

Marinho foi alvo do então coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, Ricardo Pereira Feitosa, que acessou e extraiu as declarações do Imposto de Renda do empresário nos anos de 2008 a 2019 (exceto 2012). Sua esposa, Adriana, também foi alvo da mesma operação e teve os dados do IR de 2010 a 2013 invadidos.

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Marinho havia rompido com o clã Bolsonaro no início do mandato de Jair (PL) devido a desavenças políticas. Ele havia sido um de seus maiores aliados durante a campanha presidencial de 2018.

Sobre as invasões a seus dados financeiros, afirmou: "eu já sabia. Eu tinha certeza. Fui informado por uma fonte do banco em que tenho conta que tinham pedido acesso aos dados sigilosos de meus investimentos. Eu sabia que cometiam esse crime, mas não tinha como provar. Me sinto invadido, é claro".

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O empresário se mostrou indignado com a informação de que sua esposa também foi alvo: "por isso eu não esperava. Não imaginava também que deixariam as digitais num crime desses".

"É um uso descarado da máquina do estado contra o cidadão, que nos deixa em situação de fragilidade diante da autoridade pública", lamentou.

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