Marina sobre jato do PSB: falou, mas não explicou
Em sua primeira declaração sobre a polêmica que envolve a propriedade do jato que levava Eduardo Campos no dia em que o candidato morreu, Marina Silva diz que o PSB "está juntando as informações e, entre hoje e amanhã, estará dando as explicações necessárias"; na Bienal do Livro, em São Paulo, a ex-senadora acrescentou que "é preciso que haja tempo necessário para que essas explicações tenham as devidas bases legais"; partido chegou a contratar escritório de advocacia para cuidar do caso, mas a verdade é que está sem saída para explicar quem é o dono da aeronave e por que não declarou seu uso ao TSE
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247 – A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, falou nesta segunda-feira 25 pela primeira vez sobre a polêmica do jato que levava Eduardo Campos no dia de sua morte. O episódio, no entanto, continuou sem explicação.
Segundo ela, que cumpria agenda na 23ª Bienal do Livro, em São Paulo, o PSB "está juntando as informações e, entre hoje e amanhã, estará dando as explicações necessárias".
A ex-senadora acrescentou que o partido "tem a preocupação de que os esclarecimentos sobre as razões do acidente sejam dados", além das explicações legais sobre o uso da aeronave. O PSB contratou um escritório de advocacia para tratar do caso.
A Polícia Federal investiga a possibilidade de o jato ter sido comprado com dinheiro de caixa 2 empresarial ou do PSB. O uso da aeronave nas prestações de contas da campanha do PSB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o momento, a propriedade do avião ainda é uma incógnita.
"Queremos que sejam dadas as explicações de acordo com a materialidade dos fatos e, para termos a materialidade dos fatos, é preciso que haja tempo necessário para que essas explicações tenham as devidas bases legais", disse ainda a candidata.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
Marina diz que partido reúne informações sobre avião que caiu em Santos
Flávia Albuquerque - A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) visitou hoje (25) a Bienal do Livro, em São Paulo. Ela e o candidato a vice-presidente na chapa, Beto Albuquerque, disseram que o partido está investigando denúncia de que o jato usado por Eduardo Campos no acidente ocorrido no último dia 13, em Santos (SP), que matou o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas, foi comprado com o uso de recursos não contabilizados.
De acordo com informações publicadas ontem (24) pelo jornal A Folha de S.Paulo, a Polícia Federal investiga se o jato Cessna Citation PR-AFA foi comprado com dinheiro de caixa 2 do partido. Além disso, há denúncias de que o partido não declarou nenhuma informação sobre o jatinho à Justiça Eleitoral.
Marina destacou que tem a preocupação de que todos os esclarecimentos sejam dados. "Tanto quanto as razões do acidente, quanto do ponto de vista legal. Esse é um esforço que o partido está fazendo com o senso de responsabilidade que temos que ter com uma questão como essa. Nós queremos que sejam dadas explicações de acordo com a materialidade dos fatos, e para isso é preciso que tenhamos o tempo necessário para que essas explicações tenham a devida base legal".
"Espero que, entre hoje e amanhã, através do escritório de advocacia que contratamos, possamos dar ao Brasil todos os esclarecimentos. Estamos juntando as informações para que isso não deixe qualquer dúvida para ninguém. Não devemos passar dessa semana sem dar as explicações e esclarecimentos devidos", disse Albuquerque, após visita à 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na capital paulista, ao lado da sua candidata à Presidência, Marina Silva.
Marina ressaltou que a visita à Bienal ocorreu em função do espaço destinado à educação em seu programa de governo. Para ela é preciso deixar claro que a educação passa por dois processos: a entrada na escola na idade certa e da maneira certa, com ensino em período integral; e o [processo] exercido pela comunidade escolar, que envolve familiares e outros agentes educacionais.
"Queremos uma educação que seja capaz de alfabetizar com competência, de formar com capacidade, para que as pessoas possam acessar ocupações que melhorem suas vidas, e [capaz de] formar cidadãos de acordo com as necessidades do nosso país. Queremos também valorizar a leitura como forma complementar de formação da criança, do adolescente e do jovem", disse.
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