Marco Aurélio assume papel conciliador no STF
Ministro elogiou a decisão do colega Ricardo Lewandowski, revisor da Ação Penal 470, de acatar o 'fatiamento' dos votos no julgamento do 'mensalão' no STF, proposto por Joaquim Barbosa: "Não havia outra solução. Creio que, a partir de segunda-feira, reine a paz na tomada de votos"
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247 - O início da exposição dos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, mais conhecida por 'mensalão', foi tenso. A decisão de permitir que o relator Joaquim Barbosa apresente seus votos fatiados, e não na íntegra, levou Ricardo Lewandowski, a considerar abandonar o posto de revisor do processo. Após sessões de nervos à flor da pele, contudo, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, confirmou que a votação vai ocorrer como Barbosa propôs, e com a concordância de Lewandowski. "Não havia outra solução. A evolução do ministro Ricardo é elogiável. Creio que, a partir de segunda-feira (20), reine a paz na tomada de votos", disse o ministro Marco Aurélio Mello ao portal G1.
Marco Aurélio "aplaudiu" nesta sexta-feira (17) a decisão do colega, tomada após a primeira sessão reservada à leitura dos votos dos ministros, na quinta-feira (16), que terminou sem consenso sobre a metodologia que seria utilizada no julgamento. Ao final da sessão, contuso, Lewandowski conversou com três colegas no plenário ereviu sua posição, acatando que a análise fosse feita item por item, como havia sugerido Barbosa.
Há 22 anos na Suprema Corte, Marco Aurélio disse que foi informado que Lewandowski havia cedido por um telefonema de Ayres Britto. Segundo ele, o novo método "não irá atrapalhá-lo em nada". "A maioria é que dita as regras. Esse julgamento promete muitas emoções jurídicas", disse.
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