Marcha da Maconha em São Paulo reúne 1,7 mil pessoas

Movimento pela legalização da droga interditou três das quatro faixas da Avenida Paulista e foi encerrado na Praça da República, no centro, na tarde deste sábado

Marcha da Maconha em São Paulo reúne 1,7 mil pessoas
Marcha da Maconha em São Paulo reúne 1,7 mil pessoas (Foto: Sergio Carvalho/Folhapress)


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Agência Brasil - A Marcha da Maconha interditou na tarde deste sábado 19 três das quatro faixas da Avenida Paulista, região central da capital, para pedir a legalização da droga. A passeata, segundo a Polícia Militar (PM), reuniu 1,7 mil pessoas que finalizaram a manifestação na Praça da República, no centro da cidade.

A marcha do ano passado, promovida em março, no mesmo local, foi dispersada pela PM com gás lacrimogêneo e spray de pimenta quando uma decisão judicial proibia a manifestação. Depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em nome da garantia de liberdade de expressão, que as passeatas pela legalização das drogas não fossem mais reprimidas.

A legalização do consumo da maconha é defendida pelos manifestantes sob diversos argumentos. O professor de história da Universidade de São Paulo (USP) Henrique Carneiro atribui a proibição, em parte, a um preconceito de setores da sociedade. "Há um percentual da população que quer simplesmente exterminar o consumidor", diz, ao comparar o sentimento ao preconceito sofrido pelos homossexuais.

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Carneiro defende a equiparação das drogas ilegais a substâncias vendidas legalmente com uso controlado. "Alguns produtos, como, por exemplo, a cocaína, deveriam ser vendidos em farmácia, assim como os medicamentos da indústria farmacêutica. A maconha, que tem um poder de nocividade muito relativo, deveria ter um acesso muito mais amplo, que fosse tanto do autocultivo, como o do microcomércio para pessoas maiores de idade", argumenta.

Na opinião do professor, a proibição de certas drogas é mantida devido à lucratividade gerada pela ilegalidade. "Hoje, é um imenso negócio estimado em cerca de US$ 400 bilhões, que tem essa magnitude não por causa do custo de produção, mas por causa da proibição".

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Pensamento na mesma linha tem a estudante de ciências sociais Lilian Rocha. "Eu não vejo sentido em você tornar ilegal uma substância que é natural e comercializar amplamente uma série de medicamentos sem os efeitos comprovados", ressaltou a jovem.

A experiência pessoal no tratamento de um câncer de intestino foi a razão que levou a artista plástica Maria Antonia Goulart à marcha. "Me ajudou muito como complemento do tratamento. Para aliviar a dor, aumentar o apetite, para você conseguir dormir. Os médicos, depois que eu terminei o tratamento, comprovaram que a maconha me ajudou muito", contou.

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