Manifestação em defesa do emprego reúne 90 mil em SP
Ato Grito de Alerta em Defesa da Produo e do Emprego teve presena de centrais sindicais, empresariais e estudantes no ptio do estacionamento da Assembleia Legislativa do Estado
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Agência Brasil - Em um movimento conjunto, centrais sindicais, empresariais e estudantes fazem na manhã desta quarta-feira 4 uma manifestação em defesa do emprego e da produção. O ato Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego reúne cerca de 90 mil pessoas – segundo a polícia – no pátio do estacionamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. São esperadas 100 mil pessoas.
Entre as reivindicações estão a redução dos juros, o controle do câmbio e medidas capazes de limitar importações desenfreadas. “Hoje é um grito de alerta. Estamos pondo em risco a indústria de transformação, que é o maior patrimônio que o Brasil tem. A indústria de transformação está em risco por causa das distorções conjunturais e não compete à indústria nem aos trabalhadores resolver [essas questões]”, destacou o presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
De acordo com o representante dos industriais, o Brasil precisa entrar na “guerra cambial” feita por outros países. “Eles estão fazendo guerra cambial, eles têm suas moedas desvalorizadas para aumentar a sua competitividade. Tem que resolver isso”, defendeu Skaf. Ele também cobrou redução do preço da energia e do spread bancário, a diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, o governo federal está dando sinais de que está fazendo a parte dele, ao destacar as medidas lançadas ontem (3) para estimular a indústria e aquecer a economia.
No entanto, o representante dos trabalhadores cobrou a participação dos governos estaduais e municipais e do setor empresarial no incentivo à produção e ao emprego.
“Nós temos clareza de que esse é um ato importante em defesa da produção e do emprego, mas não podemos deixar de colocar, em um momento como esse, que apesar das medidas apontadas ontem que vão no sentido de fortalecer a indústria, agora é preciso que os governos estaduais assumam o seu papel nas medidas que devem ser tomadas no âmbito do estado”, acrescentou Artur Henrique.
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