Mangabeira Unger: “Situação do trabalhador nos preocupa”

Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência aponta um aumento da "precarização" na economia formal, "quando ele deixa de estar protegido pelas leis do trabalho"; segundo Mangabeira Unger, "isso está associado ao baixo investimento na qualificação do trabalho, que por sua vez está associada à baixa produtividade"

Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência aponta um aumento da "precarização" na economia formal, "quando ele deixa de estar protegido pelas leis do trabalho"; segundo Mangabeira Unger, "isso está associado ao baixo investimento na qualificação do trabalho, que por sua vez está associada à baixa produtividade"
Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência aponta um aumento da "precarização" na economia formal, "quando ele deixa de estar protegido pelas leis do trabalho"; segundo Mangabeira Unger, "isso está associado ao baixo investimento na qualificação do trabalho, que por sua vez está associada à baixa produtividade" (Foto: Gisele Federicce)


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247 – O Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência da República, Mangabeira Unger, disse que "a situação do trabalhador" preocupa o governo. Em entrevista concedida ao Estadão, ele apontou um aumento da "precarização" na economia formal, em razão do "baixo investimento na qualificação do trabalho".

"A precarização vem aumentando na economia formal, com a redução do trabalhador ao trabalho terceirizado ou temporário, quando ele deixa de estar protegido pelas leis do trabalho. Isso está associado ao baixo investimento na qualificação do trabalho, que por sua vez está associada à baixa produtividade. Não queremos trabalho barato e desqualificado", disse.

Por isso, segundo ele, o governo discute a "construção de um regime legal que enfrente e governe essas novas relações de produção. O trabalho passa a ser organizado cada vez mais no mundo na forma de redes contratuais descentralizadas. Essa é a mudança de paradigma da produção, que é a raiz desse problema da precarização. Não podemos simplesmente desconhecê-la", acrescentou.

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Segundo ele, não se trata de um "caminho do meio" o que o governo está construindo, entre a CLT e a terceirização, mas "um outro caminho". "Estudamos um regime jurídico complementar ao da CLT, que proteja, organize e faça representar esses trabalhadores cada vez mais precarizados. Queremos construir um regime de relações entre o capital e o trabalho que aposte na valorização do trabalho e na escalada da produtividade, e não no caminho fácil da precarização e do barateamento", explica.

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