Mais Médicos: 715 formados no exterior escolheram cidades

Os médicos com diploma estrangeiro foram alocados em 268 cidades. A maioria fez opção por trabalhar em municípios da Região Sul (204), seguida da Sudeste (162). O Nordeste deverá receber 153 desses médicos, o Norte, 137, e o Centro-Oeste, 59; no Sul, Dilma voltou a defender o programa

Mais Médicos: 715 formados no exterior escolheram cidades
Mais Médicos: 715 formados no exterior escolheram cidades


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Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um total de 715 médicos formados no exterior indicaram municípios para participar do  Programa Mais Médicos. Desses, 194 são brasileiros que se formaram fora do país e 521 são estrangeiros. Os profissionais têm até segunda-feira (12) para confirmar a participação no programa.

Os médicos com diploma estrangeiro foram alocados em 268 cidades. A maioria fez opção por trabalhar em municípios da Região Sul (204), seguida da Sudeste (162). O Nordeste deverá receber 153 desses médicos, o Norte, 137, e o Centro-Oeste, 59. Os médicos com diploma estrangeiro vão atender no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica, em periferias das grandes cidades e no interior do país.

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Outros 367 brasileiros indicaram novamente as opções de municípios em que desejam atuar, em uma segunda oportunidade dada a esse grupo com prioridade nas vagas. Eles também têm até o dia 12 para confirmar a participação.

De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos com diploma estrangeiro que confirmarem a participação no programa podem procurar as embaixadas para solicitar a emissão do visto a partir do dia 13 de agosto.

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Os profissionais com diploma estrangeiro que atuarem no Mais Médicos não precisam fazer a Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior (Revalida) e irão trabalhar por três anos. Eles só poderão atuar dentro do Mais Médicos e na região para a qual foram selecionados. Os médicos terão a supervisão de uma universidade durante o período de participação no programa e recebem uma bolsa de R$ 10 mil.

Os profissionais formados no Brasil e os que têm diplomas revalidados no país terão prioridade nas vagas. As vagas que não forem preenchidas por eles serão ocupadas por médicos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, pelos estrangeiros.

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Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre fala da presidente Dilma a respeito do programa:

Dilma volta a defender Programa Mais Médicos

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Karine Melo

Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os problemas de saúde no Brasil não podem ser atribuídos só à falta de médicos, mas este é um dos problemas mais sérios, disse hoje (10), em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff durante a entrega de retroescavadeiras a prefeitos de cidades gaúchas.

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Ao defender o Programa Mais Médicos, Dilma fez um balanço da situação da saúde no país. Lembrou que o Brasil tem uma cobertura de 1,8 médico por mil habitantes, bem menor que a da Argentina, de 3,2, e a do Uruguai, de 3,7 médicos por mil habitantes. “Nós temos um problema de acesso ao médico, daí porque o governo federal decidiu fazer o Programa Mais Médicos, em consonância com o pleito dos prefeitos", justificou a presidenta.

Ela reconheceu  a falta de médicos em várias especialidades como, por exemplo, a pediatria, e a má distribuição de leitos no Sistema Único de Saúde. Segundo Dilma, 700 municípios não têm nenhum médico e 1,9 mil tem menos de um profissional por 3 mil habitantes. “Há uma concentração de médicos nas zonas urbanas das capitais. Não há médicos nas periferias das grandes cidades brasileiras, não há médicos na mesma proporção no interior, no Norte, no Nordeste e em algumas regiões do país, não há médicos", disse.

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Além de aumentar o número de médicos, a presidenta garantiu que o governo vai investir na formação acadêmica e também na expansão e reforma de equipamentos de saúde. "Nós precisamos de ações emergenciais e ações estruturantes. A ação estruturante vai ser nossa disposição de aumentar a formação de médicos brasileiros no país, aumentaremos 11 mil vagas na graduação e 12 mil vagas na residência", acrescentou.

O governo tem hoje R$ 7,4 bilhões em execução na saúde e por isso, na avaliação de Dilma, "não tem cabimento" municípios arcarem com custos dos médicos. Sobre a polêmica contratação de médicos estrangeiros, a presidenta lembrou que na Inglaterra, 37% dos profissionais são formados em outros países. Ela ressaltou que a prioridade será para profissionais brasileiros. “Não queremos comprometer empregos de médicos formados no Brasil, mas não aparecendo médicos para cumprir esse papel, iremos preencher as vagas com profissionais trazidos do exterior".

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Ainda sobre os estrangeiros, Dilma lembrou que além de atuar sob a supervisão de universidades públicas brasileiras e secretarias municipais e estaduais de Saúde, eles vão receber autorização para exercer a medicina exclusivamente na atenção básica. "Portanto, esses médicos não fazem cirurgia, não atendem especialidades".

Para atrair profissionais, a presidenta explicou que  o governo federal vai oferecer R$ 10 mil de salário aos médicos que se cadastrarem para trabalhar nos municípios que têm vagas. Nas localidades de difícil acesso, o valor chega a R$ 20 mil e na região amazônica, a R$ 30 mil.

As inscrições para o Programa Mais Médicos, segundo Dilma, serão reabertas em caráter permanente e vão privilegiar o trabalho em periferias de grandes cidades, locais de difícil acesso, interior do país e regiões Norte e Nordeste.


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