Lula: "o Foro de São Paulo é uma bênção que nós conseguimos criar na América Latina"
O presidente citou conquistas da esquerda no continente latino-americano. Também afirmou que ser chamado de socialista ou comunista é motivo de orgulho

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta quinta-feira (29) a importância do Foro de São Paulo, criado em 1990. De acordo com o petista, foi a primeira experiência latino-americana em que a esquerda se juntou para disputar espaços políticos. “Foi a vitória na Argentina, no Chile, no Brasil, na Venezuela, no Equador. Foi a vitória inclusive de pessoas mais progressistas nos outros países que estiveram do nosso lado. Além da vitória do nosso companheiro [Hugo] Chávez na Venezuela. Nós vivemos um período de muita expansão de conquista social e de participação política no nosso continente”, disse.
“Eu não creio que tenha havido um outro momento histórico em que a sociedade da América do Sul e da América Latina teve tantas conquistas e tantas políticas de inclusão social como tiverem nesse período de 2000 a 2010, 2012, até 2015, quando fizeram o impeachment da Dilma”, complementou.
O petista pediu uma autocrítica e reflexão da esquerda sul-americana sobre os erros cometidos nos últimos anos. “Eu sei o quanto nós perdemos no nosso continente. Eu sei o quanto foi triste, sabe, a Argentina ter um presidente de direita a pouco tempo atrás. Eu sei o quanto foi triste a saída do Rafael Correa [ex-presidente do Equador]. Eu sei o quanto foi triste a direita chilena. Eu sei o quanto foi triste o golpe na Bolívia. Eu sei o quanto foi triste ter a companheira Dilma Rousseff ‘impichada’ aqui nesse País. E nós, ao invés ficarmos lamentando temos que tirar lições. Aonde é que nós erramos? O que nós não conseguimos fazer? Porque que aconteceu tal coisa conosco?”.
O presidente também afirmou ser motivo de “orgulho” ser chamado de “comunista”. O chefe do Executivo federal participou da abertura do 26º Encontro do Foro de São Paulo, sediado em Brasília (DF).
“E vocês sabem quantas vezes nós somos acusados. Vocês sabem quanta difamação, e quantos ataques pejorativos se faz contra a esquerda na América do Sul. Nós não somos vistos pela extrema-direita fascista, nem do Brasil, nem do mundo, como organizações democráticas. Eles nos tratam como se nós fôssemos terroristas. Eles nos acusam de comunistas, como se nós ficássemos ofendidos com isso”, afirmou. “Nós ficaríamos ofendidos se nos chamasse de nazista, neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha, muitas vezes. E muitas vezes nós sabemos que merecemos isso”.
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