Lula: Brasil deve servir de modelo aos africanos
"Devemos respeitar a sociedade, as diferenças religiosas e os traços culturais de cada país". Dessa forma, o ex-presidente Lula definiu nesta quarta-feira 11 qual deve ser o papel da política externa do Brasil em território africano; ele participou hoje do evento "Diálogos Capitais: Um mundo sem fome", em São Paulo
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Opera Mundi - "Devemos respeitar a sociedade, as diferenças religiosas e os traços culturais de cada país". Dessa forma, o ex-presidente Lula definiu nesta quarta-feira (11/09) qual deve ser o papel da política externa do Brasil em território africano. "Não podemos cometer os mesmos erros que os colonizadores cometeram por aqui, não respeitando toda uma cultura e impondo uma nova forma de pensar", disse, durante o evento "Diálogos Capitais: Um mundo sem fome", em São Paulo.
O ex-presidente também criticou o governo norte-americano sobre as novas denúncias de espionagem contra a presidente Dilma e a Petrobras. "Por acaso pode o Obama ficar bisbilhotando as conversas da Dilma em nome da democracia? Cadê a decisão judicial que permitiu isso?", indagou, em tom irônico.
Modelo
Para Lula, o Brasil deve servir como modelo para os africanos, "pois passou pelo mesmo processo de democratização e obteve sucesso econômico e no combate à pobreza".
Ele acredita também que o processo democrático dos países africanos ainda está em construção e que, portanto, países - sobretudo as potências ocidentais - devem agir com precaução. "A gente mostra para eles o exemplo e eles vão desenvolver isso com a cultura e com a experiência deles", argumenta.
Lula também propôs a criação de uma liderança mundial, capaz de "lidar com todos os países em igualdade". Essa seria uma medida para enfrentar a hegemonia norte-americana frente às questões globais. "Temos que colocar o Obama, a Dilma ou qualquer outro governante em igualdade de condições para a tomada de decisões. A mesma ONU que criou o estado de Israel, por que não criou também um Estado palestino?", questionou, sob aplausos.
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