Lixo hospitalar volta para os EUA, de onde não deveria ter saído
Material que deveria ser utilizado na confeco de roupas e lenis no Agreste de Pernambuco volta ao pas de origem. Empresa que importou a carga quer ser indenizada
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Tércio Amaral _PE247 – Depois de um longo adiamento, enfim, o lixo hospitalar importado dos Estados Unidos que deveria ser utilizado como matéria-prima na indústria do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco volta ao País de origem. Inicialmente planejada para as 15h, a carga só saiu do Porto de Suape, Litoral Norte de Pernambuco, por volta das 22h da noite de sábado (21). “Houve uma mudança de planos no navio e o sistema de informática ficou fora do ar”, argumentou o responsável pelo terminal de cargas Fernando Lucato. Antes de aportar nos EUA a embarcação fará escalas em Santos e na Argentina.
O navio Cap. Irene deve chegar ao Porto de Santos, no Estado de São Paulo, até esta terça-feira (24). De lá, a carga ainda deve seguir para a Argentina. Só depois da escala no país sul-americano é que o lixo hospitalar dos EUA será encaminhada ao Porto de Charleston, no Estado da Carolina do Sul. A embarcação deve chegar aos Estados Unidos no mês de fevereiro.
A devolução foi uma iniciativa da empresa Na Intimidade – então acusada de importar a carga e utilizá-la na produção de roupas e lençóis –, localizada em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco. O grupo afirma ter sido enganado pela exportadora. Segundo a indústria, os materiais importados seriam apenas tecidos com defeito, e não lixo hospitalar. Ainda neste sábado (21), o advogado da empresa Gilberto Lima frisou que entrará com um processo de danos morais. “O chicote vai mudar de mãos. Quem dela for sócio vai arcar com todas as consequências, os danos morais, na mesma proporção em que a Na Intimidade foi atingida”, prometeu.
O Consulado dos Estados Unidos no Brasil se posicionou sobre a polêmica e disse que o governo americano respondeu imediatamente com assistência ao pedido das autoridades do Estado de Pernambuco em relação à devolução. A carga com lixo hospitalar estava apreendida no Porto de Suape desde o início de outubro do ano passado
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