Lira confirma votação de MP da Esplanada
Presidente da Câmara dos Deputados afirma que medida provisória será votada nesta terça-feira e destaca possíveis alterações no texto

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247 — O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que a medida provisória (MP) que reestrutura a Esplanada dos Ministérios será votada na Casa nesta terça-feira (30). No entanto, ele ponderou que caberá aos parlamentares decidir sobre o texto, não sendo possível garantir uma versão de interesse do governo Lula (PT), apontou a Folha de S.Paulo.
"Tem que ser votada. Se vai ser aprovada, se não vai ser aprovada, se vai ser emendada, se vai ser modificada, é o plenário. Não votar acho que é um ato abusivo", disse Lira ao chegar à Câmara. Ele afirmou que não participou "diretamente" da articulação da medida provisória e que isso ficou a cargo da liderança do governo na Câmara.
Segundo Lira, há previsão de "muitos destaques" ao texto apresentado pelo relator Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL). A votação da MP ocorrerá após a apreciação do projeto de lei do marco temporal. Além disso, outras duas medidas provisórias editadas pelo governo deverão ser apreciadas: a que garante os pagamentos de um extra de 50% no programa Auxílio Gás e a que recria o Bolsa Família.
O texto previsto para ser votado no plenário da Câmara esvazia os ministérios de Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), além da pasta do Desenvolvimento Agrário, comandada por Paulo Teixeira.
A urgência na votação se deve ao fato de a MP ainda precisar passar pelo Senado e perder a validade na quinta-feira (1º). Caso não seja votada, a estrutura do governo voltaria a ser a do ministério anterior, de Jair Bolsonaro (PL), o que representaria uma grande derrota para o governo Lula.
Deputados da oposição e do centrão já enviaram recados ao Palácio do Planalto demonstrando insatisfação e indicando que podem usar a votação da MP para pressionar o governo. O ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) afirmou que o governo Lula irá defender a aprovação da versão alterada pelo Congresso, ressaltando que, embora não seja ideal, foi uma construção em conjunto com a Câmara e o Senado.
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