Lindbergh: "Bolsonaro é o grande autor intelectual do 8 de janeiro"

Segundo deputado, os senadores Renan Calheiros, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Rogério Carvalho estarão na CPMI dos atos golpistas

Lindbergh Farias
Lindbergh Farias (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)


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Rede Brasil Atual - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) é um dos cotados para compor a CPMI do 8 de Janeiro. Em entrevista ao ICL Notícias nesta sexta-feira (28), o parlamentar não confirmou presença na comissão, criada esta semana pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Porém, declarou que há nomes certos. O time que encurralou o bolsonarismo na CPI da Covid em 2021 estará presente.

 Segundo Lindbergh, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM) “estão confirmados”, disse.  Os componentes oriundos da Câmara dos Deputados serão definidos semana que vem, acrescentou.

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 No entanto, o deputado André Janones (Avante-MG) deve estar entre os membros da base do governo. “Acho muito importante, na disputa das redes ele vai jogar papel importante”, opina o deputado fluminense.

 Narrativa para redes x fatos concretos

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 Em sua visão, “não tem como” a oposição bolsonarista vencer o debate. “Uma coisa é construírem narrativas falsas pras redes deles, outra é a CPMI com fatos muito concretos.” Entre as linhas de investigação que têm sido desenvolvidas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes, a da “autoria intelectual” deve ser prioritária. “Para mim, Bolsonaro é o grande autor intelectual do 8 de janeiro. Falou em golpe durante todo o mandato e antes também. Sempre foi uma obsessão dele.”

 Lindbergh lembra que o ex-presidente não reconheceu o resultado da eleição em nenhum momento desde que Lula venceu o pleito. Além disso, diz, é fundamental aprofundar as investigações no sentido de “ir atrás dos financiadores”.

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Deputados envolvidos

 Outra necessidade é “ir atrás” de parlamentares envolvidos. Um dos mais notórios é André Fernandes (PL-CE). “Esse aí não pode participar da CPI”, diz o petista. Ele lembra que, dois dias antes, Fernandes convocou pessoas para o vandalismo e fez uma postagem em frente ao armário quebrado do ministro Alexandre de Moraes em tom de deboche.

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 Por tudo isso, o parlamentar cearense está sendo investigado pelo STF, está diretamente interessado na investigação. “Como ele vai ter acesso ao inquérito?”, questiona. Para Lindbergh, a CPMI do 8 de janeiro precisa ter cuidado para “não atrapalhar a investigação de Alexandre de Moraes”. Nesse sentido, a comissão não deve compartilhar dados que estão em segredo de Justiça, o que favoreceria André Fernandes e outros implicados.

 Três deputados são investigados no Supremo por participar na tentativa de golpe, por isso devem ser incluídos no relatório final com pedidos de cassação de seus mandatos, defende Lindbergh. Além de Fernandes, são eles Clarissa Tércio (PP-PE) e Sílvia Nobre Lopes, mais conhecida como Silvia Waiãpi (PL-AP).

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Anderson Torres será um dos primeiros estar na CPMI, pois dias antes de 8 de janeiro ele esteve com Bolsonaro nos Estados Unidos, rememora Lindbergh. Ele lembra ainda que em 12 de dezembro, dia da diplomação de Lula, quando terroristas puseram fogo em Brasília e houve quebra-quebra generalizado, ninguém foi preso.

 Os generais Augusto Heleno e Braga Netto também precisam ir à comissão. Para o petista, além da óbvia associação de Heleno – um dos mais fiéis bolsonaristas – com o golpismo, Braga Netto “trabalhou o tempo todo pelo golpe”. Para Lindbergh Farias, o que setores militares queriam no dia 8 era que Lula tivesse usado a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Assim, a partir desse momento, o presidente ficaria refém de militares golpistas.

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 Bolsonaro

 A base de Lula no Congresso acredita que Bolsonaro precisa ser convocado pela CPMI, mas não no início, e sim em um momento posterior quando os parlamentares tiverem dados concretos. Ou seja, avaliam que no começo dos trabalhos seria ineficiente e Bolsonaro teria um palanque.

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 “Acho que Bolsonaro vai ficar inelegível e (ser) preso. Acho que a prisão dele vai vir por corrupção”, afirma ainda Lindbergh, mencionando os “muitos casos” de rachadinhas envolvendo os filhos do ex-presidente, os escândalos das joias, as denúncias sobre cartão corporativo e outras. Para o petista, o inquérito de atos antidemocráticos, sob responsabilidade de Alexandre de  Moraes, “vai pegar muita gente por corrupção”. “Não tenho dúvidas em afirmar que o destino de Bolsonaro é a prisão.”

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