Líder do Ethos questiona: e o Brasil, como fica?

"Assistimos no Brasil a uma exacerbação da luta pelo poder dos partidos, inflamada pelo agressivo e até selvagem recente processo eleitoral e pelas revelações da Operação Lava Jato", diz o empresário Oded Grajew, presidente emérito do instituto Ethos; "Tudo isso numa delicadíssima conjuntura econômica em que está em jogo o emprego e a renda de milhões de brasileiros e em que o enfrentamento dos problemas exigiria uma forte unidade política; Grajew faz um apelo; "É necessário e urgente que as lideranças nacionais, independentes de partidos, exerçam seu poder para que os interesses do país prevaleçam sobre a luta pelo poder"; será ouvido?

"Assistimos no Brasil a uma exacerbação da luta pelo poder dos partidos, inflamada pelo agressivo e até selvagem recente processo eleitoral e pelas revelações da Operação Lava Jato", diz o empresário Oded Grajew, presidente emérito do instituto Ethos; "Tudo isso numa delicadíssima conjuntura econômica em que está em jogo o emprego e a renda de milhões de brasileiros e em que o enfrentamento dos problemas exigiria uma forte unidade política; Grajew faz um apelo; "É necessário e urgente que as lideranças nacionais, independentes de partidos, exerçam seu poder para que os interesses do país prevaleçam sobre a luta pelo poder"; será ouvido?
"Assistimos no Brasil a uma exacerbação da luta pelo poder dos partidos, inflamada pelo agressivo e até selvagem recente processo eleitoral e pelas revelações da Operação Lava Jato", diz o empresário Oded Grajew, presidente emérito do instituto Ethos; "Tudo isso numa delicadíssima conjuntura econômica em que está em jogo o emprego e a renda de milhões de brasileiros e em que o enfrentamento dos problemas exigiria uma forte unidade política; Grajew faz um apelo; "É necessário e urgente que as lideranças nacionais, independentes de partidos, exerçam seu poder para que os interesses do país prevaleçam sobre a luta pelo poder"; será ouvido? (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – O empresário Oded Grajew, presidente emérito do Instituto Ethos, fez um importante apelo à classe político em artigo publicado neste domingo. Confira abaixo:

E o Brasil, como fica?

Assistimos no Brasil a uma exacerbação da luta pelo poder dos partidos políticos, inflamada pelo agressivo processo eleitoral de 2014

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O principal objetivo dos partidos políticos é o alcance e a permanência no poder. Quem tem um mínimo de conhecimento sabe disso. Quando na oposição, torcem para o governo dar errado para poderem ganhar as próximas eleições.

Quando no poder, não incorporam as propostas da oposição, deixam vir ao público apenas dados positivos e escondem informações negativas, o que retarda e até impede o enfrentamento dos problemas. É uma lógica não exclusiva dos partidos políticos brasileiros, mas praticamente de todas as democracias.

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Nos Estados Unidos, o Partido Republicano procura dificultar ao máximo o governo Barack Obama e, na Europa, os partidos de direita tentam de toda forma obstaculizar os governos de esquerda, e vice-versa.

Evidentemente a generalização não contempla as raras e honrosas exceções. O que tempera essa lógica perversa é a ação da sociedade civil quando procura colocar os interesses públicos acima dos interesses de poder dos partidos políticos.

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Assistimos no Brasil a uma exacerbação da luta pelo poder dos partidos, inflamada pelo agressivo e até selvagem recente processo eleitoral e pelas revelações da Operação Lava Jato. À luta pelo poder usual somou-se a luta pela sobrevivência do governo e de líderes parlamentares.

Tudo isso numa delicadíssima conjuntura econômica em que está em jogo o emprego e a renda de milhões de brasileiros e em que o enfrentamento dos problemas exigiria uma forte unidade política.

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Enquanto a crise se agrava –inflação e desemprego em alta, atividade econômica estagnando–, governo e oposição, Executivo e Legislativo, engalfinham-se numa luta sangrenta pelo poder e pela sobrevivência, dificultando tomar medidas necessárias para tirar o país deste atoleiro. E o Brasil, como fica?

Temos, no país, milhões de empresas e empresários que não estão envolvidas na Operação Lava Jato e que não financiam campanhas políticas –segundo levantamento feito pelo Instituto Ethos, apenas 1% das empresas financiam campanhas políticas–, centenas de sindicatos, organizações e lideranças da sociedade civil sem rabo preso ou dependência de partidos e milhares de políticos que não estão metidos em falcatruas.

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Não há uma lista de políticos que não roubam, seus nomes não aparecem. Essas lideranças e organizações devem e podem se juntar para agir em prol do interesse nacional.

É de interesse nacional que os infratores, malfeitores e criminosos sejam punidos. É muito importante para o progresso, como nação civilizada, que a justiça seja exercida na sua plenitude e para todos.

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É de interesse nacional que o país tenha um desenvolvimento sustentável, com baixa inflação, gerando empregos, renda e qualidade de vida a todos. Para isso é fundamental contornar a crise econômica.

Medidas importantes precisam ser tomadas, à altura da gravidade da situação. É necessário e urgente que as lideranças nacionais, independentes de partidos, exerçam seu poder para que os interesses do país prevaleçam sobre a luta pelo poder.

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