Lewandowski é uma ilha no STF?

Como “aliado do PT e de Lula”, ministro estaria isolado na corte, segundo a colunista da Folha, Eliane Cantanhêde; ela afirma ainda que o ministro condena mequetrefes, para depois absolver peixes grandes; ou seja: para os porta-vozes da opinião pública (ou publicada) são acertam aqueles que os seguem



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247 – Nesta sexta-feira, Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, desce o sarrafo em Ricardo Lewandowski, um ministro que estaria agindo não como juiz, mas como “aliado do PT e de Lula” dentro do STF. Leia:

O aliado

BRASÍLIA - Se o relator Joaquim Barbosa se investiu da condição de adversário, o revisor Ricardo Lewandowski assumiu destemidamente a de aliado do PT e de Lula, amigo da sua família e autor de sua nomeação para o Supremo. Sua postura, seu "timing" e seu tom compõem a alma dos seus votos.

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A primeira questão que seus pares levantam é de coerência. Se Lewandowski condenou Delúbio Soares e Marcos Valério por corrupção ativa e tantos outros por corrupção passiva, como nega que tenha havido o mensalão, a compra de votos, que a maioria do tribunal admitiu? Então, o que Delúbio e Valério compraram? E o que os demais venderam?

Outra questão é o que os ministros vêm chamando de "jogo de compensação". Lewandowski condena o tarefeiro Delúbio e absolve José Dirceu, o "mandante", segundo a Procuradoria-Geral e o relator. Assim como condenou o mequetrefe exótico Henrique Pizzolato, do Banco do Brasil, para absolver, ops!, e absolveu João Paulo Cunha, deputado federal e ex-presidente da Câmara. Talvez fosse mais coerente e mais corajoso absolver todos eles, já que se diz convencido de que o mensalão não existiu...

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Na sessão de ontem, Lewandowski parecia uma ilha, sob questionamento de Gilmar Mendes, de Marco Aurélio Mello, do decano Celso de Mello e até do sempre suave presidente Ayres Britto. E o primeiro voto, de Rosa Weber, corroborou o do relator, discordando do revisor.

Chama a atenção ainda a decisão do revisor de começar o voto do núcleo político já na quarta-feira, como que para amenizar o impacto da condenação de Delúbio, Genoino e Dirceu por Joaquim. E deixou a absolvição de Dirceu para ontem. Uma manchete para a condenação, outra para a absolvição no dia seguinte?

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Como detalhe: o forçado (marqueteiro?) elogio ao assessor negro que distribuiu seu voto aos ministros, um a um. Contraponto ao carismático relator e à sua fúria condenatória?

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