Lewandowski defende mandato para ministros do Supremo

"Eu penso que em uma República é preciso haver rotatividade nos cargos públicos e a magistratura não pode ser diferente", afirmou o ministro do STF durante evento jurídico

(Foto: ADRIANO MACHADO/REUTERS)


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Conjur - Um dos homenageados da cerimônia que celebrou os 70 anos da Associação Paulista dos Magistrados, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, reiterou sua posição pública e acadêmica sobre a criação de mandatos para ministros do STF.

 "Eu sempre advoguei academicamente a favor da ideia do mandato para os membros dos tribunais superiores. Eu penso que em uma República é preciso haver rotatividade nos cargos públicos e a magistratura não pode ser diferente. Penso que a ideia do mandato iria contribuir para a oxigenação da jurisprudência. Essa é uma ideia que eu sempre defendi. Não é de hoje e também não é sobre a PEC que está tramitando no Congresso Nacional", afirmou. 

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 O projeto a que o ministro se refere é a Proposta de Emenda à Constituição 16/2019 do senador Plínio Valério (PSDB-AM). que tramita no Senado. 

 O ministro também foi questionado sobre a sua participação no processo de sucessão à sua cadeira no STF — Lewandowski deve se aposentar compulsoriamente até maio deste ano, quando completa 75 anos. "Eu não posso e nem ousaria recomendar um nome, até porque existem muitos candidatos que são plenamente habilitados para o exercício do cargo. Também nem o faria porque o presidente da República eleito com mais de 60 milhões de votos saberá indicar um novo membro tendo em conta os requisitos constitucionais e as próprias necessidades do país", afirmou. 

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 Lewandowski também lembrou que todos os candidatos a sua vaga no Supremo serão sabatinados e aprovados pelo Senado. "Existem filtros constitucionais que certamente farão que a escolha do presidente da República seja a melhor possível."

 Por fim, o ministro foi questionado sobre o fato de o presidente Lula (PT) tratar o impeachment de Dilma Rousseff como golpe. "Foi um processo público de que participei e sobre o qual cada um pode fazer a leitura que lhe aprouver. Eu tenho minhas perspectivas que talvez revele um dia em minhas memórias. É um assunto em aberto e cada um tira suas conclusões", finalizou.

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