Lênio Streck: Mauro Cid desmoraliza CPI ao abusar do silêncio em depoimento
Em entrevista à TV 247, o professor de Direito criticou também a visita do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda a Mauro Cid na prisão. "Absurdamente espantoso"
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247 - O jurista Lênio Streck disse nesta terça-feira (11) em entrevista na TV 247 que o abuso do direito ao silêncio do tenente-coronel Mauro Cid "desmoraliza" a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas. "Ele tem obrigação de falar. Poderia ser preso por não falar", afirmou.
O estudioso também cobrou punição contra o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno. "Você tem que dizer para a nação que tinha militares envolvidos (nos atos pró-golpe) e que um presidente (Bolsonaro), que é um militar, estava envolvido. Por que até agora o general Heleno não foi indiciado?", questionou.
O jurista criticou o fato de o ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda ter visitado Mauro Cid na prisão. "Como um cara acusado de golpismo recebe visita do ex-comandante do Exército? É absurdamente espantoso", disse. "Precisamos saber o que aconteceu em termos investigativos. Precisamos ficar atentos. A cadela do fascismo sempre está no cio".
Na entrevista, o advogado alertou para a hipótese de a CPI não produzir os efeitos esperados, que é a punição contra os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF). "Há um certo peemedebismo no ar. A CPI não quer levar a fundo, faz estardalhaço, mas sabe que não vai a fundo. O governo tem maioria, mas não é uma maioria, é uma maioria falsa porque ele deixou ser falsa".
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