Lava Jato: Janot deve enviar à 1ª instância políticos sem mandato
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve propor já na próxima semana o desmembramento das investigações que ficarão no âmbito do STF, com o pedido de remessa para a primeira instância dos casos de políticos citados na Operação Lava-Jato e que perderam o foro privilegiado; ele planeja pedir o envio à Justiça Federal no Paraná dos casos de políticos que deixaram de exercer mandato eletivo na Câmara, no Senado ou em governos estaduais
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247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve propor já na próxima semana o desmembramento das investigações que ficarão no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), com o pedido de remessa para a primeira instância dos casos de políticos citados na Operação Lava-Jato e que perderam o foro privilegiado. Entre 30 e 40 autoridades foram citadas pelos delatores.
Janot planeja pedir o envio à Justiça Federal no Paraná dos casos de políticos que deixaram de exercer mandato eletivo na Câmara, no Senado ou em governos estaduais. São esses mandatos que garantem foro no STF ou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O desmembramento deve ser o primeiro ato de Janot em relação às investigações sobre os políticos envolvidos no esquema.
O procurador-geral montou um grupo especial formado por procuradores regionais da República, procuradores da República e promotores de Justiça do Distrito Federal para auxiliá-lo na análise e na busca por provas que envolvam as autoridades com foro privilegiado. O grupo também prepara a primeira ofensiva mais concreta nas investigações: na próxima semana, procuradores viajam a Curitiba para estreitar a articulação com os procuradores da República da força-tarefa responsável pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Diante do grande volume de informações e de políticos citados, o mais provável é que as primeiras denúncias e os pedidos de abertura de inquérito no STF e no STJ só ocorram depois do feriado de carnaval. Antes disso, Janot deve remeter de volta à primeira instância os casos de parlamentares que não se elegeram e de ex-governadores que não se candidataram.
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