Lava Jato: empreiteiras ofertam indenizações em troca de perdão

Temendo o risco iminente de ficarem impedidas definitivamente de fazer contratos com o governo, as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras tentam convencer o governo a perdoá-las pelos danos causados à estatal em troca do pagamento integral das indenizações; hoje os acordos de ressarcimento à estatal e à União correm na CGU (Controladoria-Geral da União), mas podem não dar certo porque as construtoras ainda têm o risco de condenação judicial e ficarem impedidas de fazer negócios com o governo; a proposta das empreiteiras não é bem vista pelo Ministério Público, que também deflagrou processos de inidoneidade contra as empreiteiras

Temendo o risco iminente de ficarem impedidas definitivamente de fazer contratos com o governo, as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras tentam convencer o governo a perdoá-las pelos danos causados à estatal em troca do pagamento integral das indenizações; hoje os acordos de ressarcimento à estatal e à União correm na CGU (Controladoria-Geral da União), mas podem não dar certo porque as construtoras ainda têm o risco de condenação judicial e ficarem impedidas de fazer negócios com o governo; a proposta das empreiteiras não é bem vista pelo Ministério Público, que também deflagrou processos de inidoneidade contra as empreiteiras
Temendo o risco iminente de ficarem impedidas definitivamente de fazer contratos com o governo, as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras tentam convencer o governo a perdoá-las pelos danos causados à estatal em troca do pagamento integral das indenizações; hoje os acordos de ressarcimento à estatal e à União correm na CGU (Controladoria-Geral da União), mas podem não dar certo porque as construtoras ainda têm o risco de condenação judicial e ficarem impedidas de fazer negócios com o governo; a proposta das empreiteiras não é bem vista pelo Ministério Público, que também deflagrou processos de inidoneidade contra as empreiteiras (Foto: Romulo Faro)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Temendo o risco iminente de ficarem impedidas definitivamente de fazer contratos com o governo, as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras tentam convencer o governo a perdoá-las pelos danos causados à estatal em troca do pagamento integral das indenizações.

Atualmente, os acordos de ressarcimento à estatal e à União correm na CGU (Controladoria-Geral da União), mas podem não prosperar porque as construtoras ainda têm o risco de serem condenadas pela Justiça e ficarem impedidas de fazer negócios com o governo, conforme publicação do jornal Folha de São Paulo. Uma proibição assim levaria muitas empreiteiras à falência.

A nova proposta de negociação transfere a competência da CGU para AGU (Advocacia-Geral da União) e prevê que os beneficiários fiquem livres da culpa desde que pagassem seus débitos integrais e à vista. Fosse na CGU, haveria desconto desses valores.

continua após o anúncio

Outro motivo da transferência para a AGU é que a CGU não tem autoridade para fazer esse tipo de acordo, segundo a Folha. Para evitar que o governo seja acusado de favorecer empreiteiras, o pagamento seria com ações que dão direito de decisão sobre o rumo das empresas. Assim, os executivos seriam punidos e dariam suas ações para sair do negócio.

As ações seriam leiloadas na Bolsa de Valores e qualquer investidor poderia participar da oferta por meio de fundos.

continua após o anúncio

Hoje, as ações das companhias envolvidas no esquema (como Camargo Corrêa e OAS) valem muito pouco porque as empresas estão praticamente paralisadas. Com um acordo, poderiam voltar a operar normalmente e as ações tendem a se recuperar.

Plano alternativo

continua após o anúncio

Ainda segundo a Folha de São Paulo, o projeto foi elaborado pelos advogados Walfrido Jorge Warde Jr, Gilberto Bercovici e José Francisco Siqueira Neto, especialistas em mercado de capitais, e apresentado aos ministérios da Fazenda e Previdência Social, além de CGU e AGU. Eles negam representar o interesse das empresas e dizem que a proposta é uma saída para garantir a "atividade econômica" do setor.

O objetivo das construtoras é ter um substituto para o chamado acordo de leniência, processo que troca a colaboração com as investigações por punições mais brandas. Neste caso, porém, a empresa assume a culpa.

continua após o anúncio

Mas ainda existe mais um empecilho. O Ministério Público, que também deflagrou processos de inidoneidade, tem se colocado contra qualquer discussão a respeito da nova proposta de acordo.

Mesmo tentando preservar a atividade das empreiteiras para evitar demissões e obras paradas, o governo tem reservas à proposta que livra as empreiteiras de culpa. Para ministros, o acordo passaria a ideia de que a presidente Dilma tenta salvar aqueles que fizeram delitos, conforme a reportagem.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247