Lava Jato: delegados serão investigados, diz Cardozo

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo anunciou medidas disciplinares contra os delegados que achincalharam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula nas redes sociais, além de terem pedido votos para Aécio Neves; "não se pode admitir jamais a partidarização de inquéritos policiais", disse; "a manifestação é livre, mas um delegado não pode conduzir uma investigação parcialmente, pelas suas convicções intimas, nem divulgar informações sigilosas", acrescentou; denunciados à corregedoria da Polícia Federal, delegados que atuam na Operação Lava Jato poderão ser afastados

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo anunciou medidas disciplinares contra os delegados que achincalharam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula nas redes sociais, além de terem pedido votos para Aécio Neves; "não se pode admitir jamais a partidarização de inquéritos policiais", disse; "a manifestação é livre, mas um delegado não pode conduzir uma investigação parcialmente, pelas suas convicções intimas, nem divulgar informações sigilosas", acrescentou; denunciados à corregedoria da Polícia Federal, delegados que atuam na Operação Lava Jato poderão ser afastados
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo anunciou medidas disciplinares contra os delegados que achincalharam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula nas redes sociais, além de terem pedido votos para Aécio Neves; "não se pode admitir jamais a partidarização de inquéritos policiais", disse; "a manifestação é livre, mas um delegado não pode conduzir uma investigação parcialmente, pelas suas convicções intimas, nem divulgar informações sigilosas", acrescentou; denunciados à corregedoria da Polícia Federal, delegados que atuam na Operação Lava Jato poderão ser afastados (Foto: Gisele Federicce)


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247 – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta quinta-feira 13 que a Corregedoria da Polícia Federal investigue o episódio envolvendo delegados responsáveis pela Operação Lava Jato, que compartilharam nas redes sociais material de campanha do então candidato Aécio Neves (PSDB) e xingamentos ao PT, ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff durante as eleições.

"Jamais podemos admitir a partidarização de nenhuma investigação", disse o ministro a jornalistas nesta tarde. Segundo denúncia do jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta, delegados à frente da Lava Jato elogiaram Aécio em suas páginas no Facebook. "Ele é o cara", escreveu um deles, em uma foto em que o tucano está cercado de mulheres. "Segura essa anta", disse outro, em uma postagem cujo título era: "Lula compara o PT a Jesus Cristo".

"É importante dizer que, se por um lado os delegados têm todo o direito de se manifestar a favor do candidato A, B, C ou D, contra partido Y, contra partido Z, de outro lado, quem conduz uma investigação deve ser absolutamente imparcial, até para que não traga nulidade ao processo", afirmou Cardozo. Ele acrescentou que "a manifestação é livre, mas um delegado não pode conduzir uma investigação parcialmente, pelas suas convicções intimas, nem divulgar informações sigilosas".

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A Corregedoria da PF deve apurar, primeiramente, se as publicações dos delegados veiculadas pelo Estadão "são verdadeiras", disse Cardozo. E distinguir, ainda, o que são simples manifestações ou situações que possam ser consideradas ilegais por divulgação de sigilo, uma vez que os delegados compartilharam reportagem que continham trechos do depoimento de acusados no processo, sob segredo de Justiça.

Cardozo se comprometeu com uma apuração criteriosa sobre o caso "para que possamos chegar a uma conclusão". A investigação Lava Jato, que contou com o acordo de delação premiada de nove investigados, entre eles o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, foi vazada aos poucos para a imprensa durante a campanha do segundo turno das eleições presidenciais.

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