Kassab quer recriar o PL com três governadores
Além de pelo menos 30 deputados federais e senadores; depois de recriada, a sigla seria fundida ao PSD, fazendo surgir na Câmara Federal um partido maior do que o PMDB; estratégia irrita aliados e oposição ao governo federal, em especial os peemedebistas, que perderiam influência nas decisões nacionais; pelo menos dois governadores já considerariam migrar para o novo PL: José Melo (Pros), do Amazonas, e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba; PSB, DEM e PSDB devem fazer consulta formal ao TSE sobre legitimidade da criação de partido com vistas a posterior fusão
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247 - A recriação do Partido Liberal articulada pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab já provoca calafrios em presidente de outras legendas no País. É que o ex-prefeito de São Paulo não esconde o objetivo de atrair para a nova sigla pelo menos 30 deputados federais e de dois a três governadores e senadores. Depois disso, a idéia é fundir o PL ao PSD, ampliando substancialmente a influência da legenda.
Pelo menos dois governadores já considerariam migrar para o novo PL: José Melo (Pros), do Amazonas, e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba.
Se a estratégia de Kassab vinga, o PSD passará a ter 67 deputados e ficará maior que o PMDB, principal aliado da presidente Dilma Rousseff (PT). A recente profusão de partidos no Brasil foi a forma encontrada pelas lideranças políticas para burlar o instituto da fidelidade partidária sem que isso implique na perda de mandatos.
As suspeitas de que o projeto tem o aval do Planalto irrita peemedebistas, que veem uma tentativa de diminuir a importância do partido nas votações do Congresso. Já a oposição, que já sofreu baixas quando Kassab saiu do DEM para criar o seu PSD há três anos e, em consequência, aderir ao governo, agora tenta evitar novas defecções.
Partido de oposição, como PSB, DEM e PSDB, devem fazer uma consulta formal ao Tribunal Superior Eleitoral sobre a legitimidade da criação do partido com vistas a uma posterior fusão.
Oficialmente, quem coordena a refundação do PL é um assessor do governo de Goiás, Cleovan Siqueira, de 62 anos. A antiga legenda foi extinta em 2006, após uma fusão com o Prona, lance que deu origem ao PR, do ex-deputado condenado no mensalão Valdemar da Costa Neto. "Em 2007 eu decidi refundar o partido, e desde então trabalho nisso", diz Cleovan.
Em sete anos, Cleovan diz ter conseguido cerca de 85 mil das quase 500 mil assinaturas exigidas por lei para legitimar a criação de uma sigla. Kassab entrou na jogada em 2014 e, em menos de um ano, incorporou quase 400 mil apoios. A expectativa é ter tudo pronto em fevereiro para fazer o pedido de registro na Justiça Eleitoral.
Cleovan nega que o plano seja fazer a fusão com o PSD logo após a recriação do PL.
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