Kakay vê oportunidade para que Marconi esclareça venda da casa

Advogado Antônio Carlos de Almeida Castro diz não há contradições nas versões apresentadas até agora sobre a transação imobiliária

Kakay vê oportunidade para que Marconi esclareça venda da casa
Kakay vê oportunidade para que Marconi esclareça venda da casa (Foto: DIVULGAÇÃO)


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247 – Na véspera do seu dia D, em que será ouvido na CPI do caso Cachoeira, o governador de Goiás, Marconi Perillo, revisou os pontos do discurso que fará diante dos parlamentares. A linha de defesa está ancorada na tese de que foi alvo de perseguição, por ter denunciado o mensalão, e de que não haveria contradições na venda da casa em Alphaville. Leia, abaixo, reportagem de Fabiana Pulcinelli, publicada no jornal O Popular, sobre como será a defesa de Marconi:

Operação Monte Carlo

Marconi acusará “perseguição”

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Governador dirá no depoimento que é vítima de informações distorcidas e que não era próximo de Cachoeira

Primeiro governador a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do caso Cachoeira no Congresso, Marconi Perillo (PSDB) vai dizer amanhã que é vítima de perseguição. Embora não faça ataques diretos, ele dirá que é alvo de informações distorcidas, levianas, mal apuradas e divulgadas de forma sensacionalista. No discurso preparado durante o feriado, o tucano vai repetir que não tinha proximidade com Carlinhos Cachoeira e que tomou as medidas necessárias para coibir o efeito da organização criminosa no Estado.

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Antes de dedicar boa parte do pronunciamento à questão da casa no Condomínio Alphaville, cuja venda é considerada atualmente o episódio que mais provoca desgastes ao governador, ele falará de sua trajetória política e reforçará que pediu para ser ouvido pela CPI, além de ter protocolado petição na Procuradoria Geral da República (PGR) para ser investigado.

Na noite de ontem, o tucano ainda repassava com o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em Brasília, os principais pontos do pronunciamento, elaborado em conjunto com assessores de comunicação. O discurso também será visto por aliados tucanos hoje, quando deve passar por retoques.

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O governador dirá que, em três mandatos, nunca foi investigado por corrupção e que o único episódio que encontraram contra ele foi a venda de um bem particular. É quando ele fará uma cronologia da venda da casa, buscando mostrar que não houve contradições nos depoimentos do ex-vereador Wladmir Garcêz (PSDB), preso na Operação Monte Carlo, e do empresário Walter Paulo Santiago, ambos envolvidos na transação imobiliária.

Marconi usará a entrevista que concedeu ao POPULAR no dia 3 de março para provar que sempre afirmou que Wladmir foi o intermediador da negociação e que pensava ser o ex-vereador o verdadeiro comprador da casa, até que, na transferência, soube que seria Walter Paulo o novo dono. O governador vai detalhar todo o processo de venda, desde o momento em que inclusive colocou anúncio em jornal.

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“É uma ótima oportunidade para explicar passo a passo e provar que não há incoerência nenhuma. Esse episódio é muito simples e não compromete em nada o governador”, diz Kakay. O esforço do governo é exatamente em enterrar as suspeitas sobre a venda.

O advogado reafirma que, se houvesse algo irregular na transação, Marconi não depositaria os cheques em sua própria conta.

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Sobre as gravações que mostram a participação de Cachoeira na negociação e que o valor da casa seria maior, Marconi voltará a dizer que não sabia de envolvimento do empresário e que não pode ser responsabilizado por conversas de terceiros.

Até a noite de ontem, o governo ainda tinha dúvidas se incluirá na exposição inicial a questão do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que declarou ter recebido pagamento de serviços prestados à campanha tucana por meio de empresa ligada a Cachoeira.

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A intenção é dizer apenas que todos os pagamentos de campanha foram declarados à Justiça Eleitoral e que Bordoni recebeu R$ 33 mil por comandar os programas de rádio em 2010. Marconi levará a cópia da nota, em nome da empresa Art Midi, e deve reafirmar que cabe ao jornalista explicar o depósito feito na conta de sua filha.

PREPARAÇÃO

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Marconi esteve em Pirenópolis e Goiânia durante o feriado e viajou na tarde de ontem para Brasília. A equipe de comunicação do governo organizou um levantamento completo sobre tudo o que foi divulgado desde a Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em 29 de fevereiro. O relatório mostra denúncias, desdobramentos e esclarecimentos oficiais.

A partir daí, o governador e a equipe elaboraram tópicos sobre os principais assuntos e o que deve ser acrescentado ou esclarecido em cada caso.

O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, que se encontrou ontem com o governador antes de ele seguir para Brasília, disse que Marconi está muito tranquilo e seguro. “Ele vai explicar todas as questões e vai deixar claro que a história da casa tem começo, meio e fim”, afirma o auxiliar.

Como já afirmou em documento entregue à CPI, o governador também dirá que respeita o trabalho da comissão, lembrará que já participou de grupo de investigação quando foi deputado federal e afirmará que reconhece a importância da atuação parlamentar. Sobre a trajetória política, dirá também da história ao lado do ex-governador Henrique Santillo, de combate à ditadura e do crescimento do Estado durante sua gestão.

Sobre indicações de cargos para o governo, Marconi vai dizer que Cachoeira nunca o procurou para apresentar nomes e que as nomeações ocorreram por pedidos de aliados políticos que participaram da campanha eleitoral.

O governador também levará à comissão outros documentos, como a cópia dos cheques que recebeu de Wladmir pela venda da casa no Alphaville, e sobre os demais bens – por conta de reportagem sobre suposta omissão de bens e crescimento do patrimônio do tucano.

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