Justiça nega habeas corpus a presidente da Andrade Gutierrez
"Eventual soltura permitirá a reorganização das atividades ilícitas, que foram praticadas até mesmo durante o ano de 2014, quando a 'Operação Lava Jato' já estava em curso, inclusive com a prisão de alguns dos líderes", justificou o desembargador do TRF-4 João Pedro Gebran Neto, em sua decisão que manteve preso Otávio Marques de Azevedo; ele foi detido na última sexta-feira 19 e está na carceragem da PF em Curitiba
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247 - A Justiça Federal negou o habeas corpus pedido pelos advogados do presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, preso na última sexta-feira (19), quando foi deflagrada a 14ª fase da operação Lava Jato. Azevedo está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba por suspeita de formação de cartel e corrupção.
"Com efeito, ao menos em juízo preliminar, comum às tutelas emergenciais, não vejo motivos para interferir liminarmente na compreensão registrada pela autoridade coatora", assinalou o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), João Pedro Gebran Neto, em sua decisão.
"Embora sejam muitos os envolvidos, alguns soltos e outros presos, a cessação das atividades ilícitas somente ocorrerá com a segregação dos principais atores. Eventual soltura permitirá a reorganização das atividades ilícitas, que foram praticadas até mesmo durante o ano de 2014, quando a 'Operação Lava Jato' já estava em curso, inclusive com a prisão de alguns dos líderes. O papel de proeminência dentro do grupo criminoso tem sido um dos critérios adotados pelo juízo da origem, o qual merece ser privilegiado por esta Corte Regional", justificou.
A defesa de Azevedo informou à Justiça disse que o executivo não teve envolvimento com questões ligadas à construção civil nos últimos anos. Ainda segundo este argumento, neste tempo ele estaria 'dedicando-se, exemplificativamente, à fusão entre a Oi e a Portugal Telecom'. Os advogados também observam que nenhum dos delatores presos pela Lava Jato citaram o executivo como sendo o contato na empreiteira. A Andrade Gutierrez foi citada, porém, em depoimentos feitos pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como tendo pago propinas ao PMDB e PP para obter contratos em sua área.
A defesa de Azevedo avalia que medidas irá tomar para libertar Azevedo após ele ter tido o habeas corpus negado pela Justiça.
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