Juruna: "Marina deixa trabalhador com pulga atrás da orelha"
Vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, fala sobre desconfiança da classe trabalhadora com uma eventual eleição de Marina Silva à presidência; "A análise fria do seu programa de governo gera a desconfiança de que os direitos dos trabalhadores poderão sofrer ataques irreversíveis", diz ele, em entrevista ao blog de Paulo Moreira Leite no 247; leia a íntegra
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247 – A classe trabalhadora tem mostrado desconfiança em relação à candidatura de Marina Silva. Quem diz é um importante representante dos trabalhadores, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Em entrevista ao blog de Paulo Moreira Leite, no 247, Juruna, que é vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e secretário Geral da Força Sindical, diz que o programa de governo da candidata "gera desconfiança" de que podem haver "ataques irreversíveis" aos direitos dos trabalhadores caso ela seja eleita.
"A candidata pelo PSB, Marina Silva, tem boas intenções e promete fazer do Brasil um país melhor. Porém, de boas intenções o inferno está cheio. A análise fria do seu programa de governo gera a desconfiança de que os direitos dos trabalhadores poderão sofrer ataques irreversíveis. Em primeiro lugar: o que ela quer dizer com tornar o Banco Central independente? Entregar a administração da política monetária para os banqueiros privados? Imagina só, se com a Dilma os juros foram lá pra cima, o que poderá acontecer se deixarmos o Banco Central nas mãos dos credores da dívida pública? Se o BC for independente como propõe o programa de Marina, não vacilará em aumentar os juros ao menor sinal de aumento da inflação. E juros altos se traduzem em recessão, desemprego, redução dos salários e, consequentemente, aumento da miséria", diz ele.
Apesar de ser um dos líderes da Força Sindical, entidade que apoia oficialmente a candidatura do tucano Aécio Neves, Juruna é forte apoiador das campanhas do ex-presidente Lula desde o segundo turno de 2002. Esse ano, foi um dos organizadores do encontro entre a presidente Dilma e os sindicatos. Segundo ele, "dentre os trabalhadores dos centros urbanos mais desenvolvidos há uma tendência majoritária a favor da candidatura Dilma Rousseff, mesmo com a ascensão da candidata Marina Silva".
Leia aqui a íntegra da entrevista.
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